segunda-feira, 27 de abril de 2009

MEDIUNIDADE - estudo sobre


CURSO DE
MEDIUNIDADE
SEM PRECONCEITOS

- VERSÃO - 2 0 0 3 -



Elaborado por:
Edvaldo Kulcheski
Participação de:
Jeanine Benedith Kulcheski
Jean Emmanuel Kulcheski
Jociely T. R. W. Kulcheski
Dedico este material de estudo do “Curso Mediunidade sem Preconceito” aos meus pais, que já regressaram à pátria espiritual, Hercílio Kulcheski e Aurea Furtado Kulcheski, por terem propiciado a mim e a minha família a oportunidade de nesta encarnação chegarmos ao conhecimento da Doutrina Espírita.
Edvaldo

Não poderíamos deixar de mencionar a importância que as Faculdades Integradas Espírita tiveram na ampliação do nosso conhecimento sobre a Doutrina Espírita. O Curso de Teologia Espírita com ênfase na Ciência do Espírito nos abriu muitos horizontes e seria um grande erro de nossa parte, não compartilhar todo esse conhecimento obtido, por isso elaboramos este Curso, que denominamos “Mediunidade Sem Preconceitos”.
Nosso muito Obrigado aos professores, ao diretor da Unidade de Ciências Religiosas e Teologia Eurípedes Barsanulfo e ao Reitor das Faculdades Integradas Espírita.
Edvaldo

MEDIUNISMO NÃO É EXCLUSIVISMO DO ESPIRITISMO
O Fato mediúnico aparece em todas as religiões.
Allan Kardec não fundou o Espiritismo, não foi uma descoberta, nem uma invenção, ele apenas codificou, organizou, deu lógica didática a Doutrina dos Espíritos. E como muita coisa havia ficado para ser dita pelos Espíritos é que ainda hoje se manifestam através de outros médiuns trazendo novos conhecimentos e complementando o que Kardec apenas iniciou nos 12 anos de codificação (1857 a 1869).

Considerações:
1. Doze anos foi muito pouco tempo e os Espíritos não conseguiram revelar tudo.
2. Se os Espíritos tivessem dito tudo a Kardec, não teríamos motivo para ter outros livros que viessem complementar a Doutrina, tais como os psicografados por Chico Xavier, Divaldo P. Franco, entre outros.

AUTORIDADE DA DOUTRINA ESPÍRITA
Controle universal do ensino dos Espíritos (ESE)
Se a Doutrina Espírita fosse de concepção puramente humana, não ofereceria por penhor senão as luzes daquele que a houvesse concebido.
Se os Espíritos que a revelaram se houvessem manifestado a um só homem, nada lhe garantiria a origem (...).
Nessa universalidade do ensino dos Espíritos reside à força do Espiritismo e, também, a causa de sua tão rápida propagação.
Também ressalta que as instruções dadas pelos Espíritos sobre os pontos ainda não elucidados da Doutrina não constituirão lei, enquanto essas instruções permanecerem insuladas (...).
Com extrema sabedoria procedem aos Espíritos superiores em suas revelações.
Não atacam as grandes questões da Doutrina senão gradualmente, à medida que a inteligência se mostra apta a compreender verdade de ordem mais elevada e quando as circunstâncias se revelam propicias à emissão de uma idéia nova.
Por isso é que logo de principio não disseram tudo, e tudo ainda hoje não disseram, jamais cedendo à impaciência dos muito afoitos, que querem os frutos antes de estar maduros.

LIVRO DOS MÉDIUNS INSPIROU O CURSO MEDIUNIDADE SEM PRECONCEITO
Os que desejem tudo conhecer de uma ciência devem necessariamente ler tudo o que se ache escrito sobre a matéria, ou, pelo menos, o que haja de principal, não se limitando a um único autor. Devem mesmo ler o pró e o contra, as críticas como as apologias, inteirar-se dos diferentes sistemas, a fim de poderem julgar por comparação.
Por esse lado, não preconizamos, nem criticamos obra alguma, visto não querermos, de nenhum modo, influenciar a opinião que dela se possa formar.
Trazendo nossa pedra ao edifício, colocamo-nos nas fileiras. Não nos cabe ser juiz e parte e não alimentamos a ridícula pretensão de ser o único distribuidor da luz.
Toca ao leitor separar o bom do mau, o verdadeiro do falso.
LM 1ª parte cap III item 35

INDICE

01 - A MEDIUNIDADE NA ANTIGUIDADE
02 - A MEDIUNIDADE NA IDADE MODERNA
03 - A MEDIUNIDADE E OS CIENTISTAS
04 - ONDAS ENERGÉTICAS E FLUIDOS
05 - PRINCÍPIO VITAL E FLUIDO VITAL
06 - OS SUGADORES DE ENERGIA
07 - O ESPÍRITO E SEUS CORPOS – PERISPÍRITO08 - O DUPLO ETÉRICO
09 - CHACRAS
10 - MEDIUNIDADE O QUE É
11 - CLASSIFICAÇÃO DA MEDIUNIDADE
12 - CLASSIFICAÇÃO DOS MÉDIUNS
13 - INFLUÊNCIA MORAL DOS MÉDIUNS
14 - MEDIUNIDADE – PROCESSO CÍCLICO
15 - EDUCAÇÃO E FUNÇÃO DOS MÉDIUNS
16 - PAPEL DOS MÉDIUNS NAS COMUNICAÇÕES ESPÍRITAS
17 - ENVOLVIMENTO MEDIÚNICO
18 - IDENTIFIDADE DOS ESPÍRITOS
19 - EVOCAÇÕES DOS ESPÍRITOS
20 - NATUREZA DAS COMUNICAÇÕES
21 - DIFERENÇA ENTRE MÉDIUNS ESPÍRITAS E DE UMBANDA
22 - LEIS AS COMUNICAÇÃO ESPÍRITA
23 - FLUIDOS – PERCEPÇÃO E ANÁLISE
24 - ANIMISMO
25 - INSPIRAÇÃO – INTUIÇÃO - TELEPATIA
26 - EPÍFISE - MECANISMO DA COMUNICAÇÃO ESPÍRITA
27 - PSICOFONIA
28 - PSICOGRAFIA
29 - VIDÊNCIA
30 – AUDIÊNCIA
31 - ECTOPLASMA
32 - FENÔMENOS DE EFEITOS FÍSICOS
33 - TIPTOLOGIA E LEVITAÇÃO
34 - FENÔMENOS DE ASSOMBRAÇÕES E DE VOZ DIRETA
35 - DOENÇAS – TIPOS E COMO SURGEM
36 - MECANISMOS DA CURA ESPIRITUAL
37 - A CURA ESPIRITUAL E A MEDICINA OFICIAL DA TERRA
38 – FLUIDOTERAPIA
39 - BENZIMENTOS E DEFUMAÇÕES
40 - FEITIÇARIA, TALISMÃS E AMULETOS
41 - PREMONIÇÕES, PRESSENTIMENTOS, PREVISÕES
42 - DESDOBRAMENTO ANÍMICO (APOMETRIA)
43 – PERDA E SUSPENSÃO DA MEDIUNIDADE
44 – SONO E SONHOS

INTRODUÇÃO

A CAMINHO DA NOVA ERA
Estamos distraídos impacientes como se carregássemos conosco todo o barulho deste mundo conturbado? Somos superficiais e apressados, como se todo corre-corre louco dos carros e das máquinas corresse em nosso sangue? Estamos com o coração poluído, agitado, partido, incapaz de mergulhar nas profundezas do silêncio, na intimidade do ser? Porque tanta pressa? Por que tanta agitação, tanto nervosismo, tanta falta de espontaneidade?
Vamos despertar esta sede de Deus que mora em nós e que tentamos abafar, com o barulho da música, com as diversões fáceis, com drogas, sexo e ilusões.
Com a chegada do ano 2000 devemos nos questionar sobre qual será a nossa atitude frente à vida, ou ainda, qual será nossa preocupação para uma melhor realização pessoal. Parecem questões simples e óbvias, porém todas as mudanças do mundo atual nos fazem ver que uma postura de simples observação, acomodação ou mesmo distanciamento nada somarão para quem quer sobreviver na Era do Espírito.
A busca de diferenciação pessoal impõe que se esteja muito bem afinado às premissas dos novos tempos. Estas premissas solicitam estar a par de tudo que virá a vigorar na Nova Era. Mas afinal, o que é tudo isso? O que é a Nova Era, a Era do Espírito, a Era dos Valores Éticos, Mundo Holístico ou Era da Informação? O que é o novo Paradigma? Todos esses nomes têm correlações muito próximas. Mas, independente do nome que se dê, o que importa é saber que o novo milênio nos impõe novas atitudes e comportamentos.
Já estamos na transição para a Nova Era, e estar tomando consciência dessa mudança já nos faz ver que novos conceitos e uma nova forma de pensar devem começar a vigorar.
Estar em condições de viver no novo milênio exige uma visão universalista do mundo, ou seja, devemos olhar para o conjunto e ver a tendência da natureza em caminhar para uma organização mais apurada. É a tendência universal de sintetizar as partes num todo organizado.
Muito próxima a essas definições está a Teoria Sistêmica, que segundo alguns autores, é igual à visão da globalização. Trata-se da idéia de que nada pode ser encarado isoladamente, mas deve ser visto como parte de um sistema, deixando de lado os velhos padrões fragmentados, onde tudo era causa/efeito, num pensamento linear.
Vivemos também a Era da Informação. A explosão das comunicações nos forçou a integrar novos conhecimentos aos nossos antigos pontos de vista. Há mais informações disponíveis hoje do que em qualquer época da nossa história. Com isso, nos é permitido ver o mundo de uma perspectiva muito mais abrangente e profunda que a de nossos antepassados.
A chamada Era do Espírito é, na verdade o renascimento de uma percepção ampliada da realidade e compreende um repensar da existência humana em si. Mas não há nada de mais antigo do que o conteúdo dessa Era. Através da história sempre houve pessoas que acreditavam que a condição comum do ser humano poderia ser transcendida.
A visão do mundo preconizada pela Nova Era na verdade tem suas raízes no passado remoto da história humana. Pode-se dizer, contudo, que o movimento cultural a que chamamos Nova Era teve seus contornos melhor definidos a partir das décadas de 60 e 70. E nos anos 80 e 90 começamos a perceber a direção e magnitude dessas mudanças.
Dizemos que estamos à beira de um novo paradigma porque uma nova estrutura de pensamento passou a ser difundida. “Uma mudança de paradigma é uma maneira clara e nova de pensar sobre velhos problemas. Um novo paradigma envolve um princípio que sempre existiu, mas do qual não nos apercebíamos”. (Merilyn Fergson, 1980)
O paradigma da Era do Espírito ou dos Valores Éticos, vê a humanidade embutida na natureza, promove a autonomia do indivíduo em uma sociedade descentralizada. Encara-nos como os administradores de todos os recursos, internos e externos, sem contrariar a natureza. Com isso cria-se oportunidade para as pessoas experimentarem mudanças de consciência. Temos que parar para pensar! Parar para ver o quanto temos contribuído, ou, ainda, o quanto temos se preparado para viver no terceiro milênio, que será a Era do Espírito e dos Valores Éticos? E, sobretudo, estar consciente da total responsabilidade que cada um de nós tem, no preparo da Nova Era.
Vivemos um momento histórico e decisivo em nosso processo evolutivo, a se refletir em todos os campos do conhecimento humano. A situação do problema mediúnico, nesta fase de acelerada transição da vida terrena, exige que os estudos e as reflexões sobre a Mediunidade sejam facilitados e que chegue ao alcance de todos. Neste sentido, procuramos demonstrar, nesta obra, o que é em essência e como funciona a Mediunidade de Efeitos Físicos. Não podemos esquecer também que foi através de uma série de fenômenos de efeitos físicos que se deu à origem da Doutrina Espírita e como espíritas temos que saber como eles acontecem.
Edvaldo Kulcheski


MEDIUNIDADE NA ANTIGUIDADE

A MEDIUNIDADE SEMPRE EXISTIU
Certas pessoas consideram, sem razão, a mediunidade um fenômeno peculiar aos tempos atuais, outras acreditam ter sido inventada pelo Espiritismo.
A fenomenologia mediúnica, entretanto, é de todos os tempos e de todos os países e religiões, pois desde as idades mais remotas existiram relações entre a humanidade terrena e o mundo dos Espíritos.
A faculdade mediúnica sempre existiu desde o surgimento do homem na face da Terra, porque se trata de uma faculdade inerente ao seu espírito.
A humanidade tem sido guiada, desde sua origem, por leis do mundo oculto já comprovadas na face do orbe, graças a essa faculdade mediúnica inata no primeiro espírito aqui encarnado.
Os fenômenos mediúnicos, no passado remoto eram tidos como maravilhosos, sobrenaturais, sob a feição fantasiosa dos milagres que lhe eram atribuídos, em razão do desconhecimento das leis que os regem, e os indivíduos que podiam manter o intercâmbio com o mundo invisível eram considerados privilegiados.

1. A MEDIUNIDADE NO HINDUISMO
1.1 - A relação entre os mundos, material e espiritual, tem sido registrada em todas as épocas da Humanidade.
Como exemplo, temos o Código dos Vedas, o mais antigo código religioso que se tem notícia, onde se encontra o registro da existência dos Espíritos:
"Os Espíritos dos antepassados, no estado invisível, acompanham certos Bramanes, convidados para cerimônia em comemoração dos mortos, sob uma forma aérea; seguem-nos e tomam lugar ao seu lado quando eles se assentam".
1.2 - Desde tempos imemoriais, os sacerdotes brâmanes, iniciados nos mistérios sagrados, preparavam indivíduos chamados “faquires” para a obtenção dos mais notáveis fenômenos mediúnicos, tais como a levitação, o estado sonambúlico até o nível de êxtase, a insensibilidade hipnótica a dor, entre outros, além do treino para a evocação dos PITRIS (espíritos que vivem no Espaço, depois da morte do corpo), cujos segredos eram reservados somente àqueles que “apresentassem quarenta anos de noviciado e de obediência passiva”.

A INICIAÇÃO ENTRE OS BRÂMANES COMPORTAVA TRÊS GRAUS
No primeiro, eram formados para se encarregar do culto vulgar e explorar a credibilidade da multidão.
Ensinava-se-lhes a comentar os três primeiros livros dos Vedas, a dirigir as cerimônias e a cumprir os sacrifícios;
- o brâmanes do primeiro grau estavam em comunicação constante com o povo: eram seus diretores imediatos.
- O segundo grau era composto dos “exorcistas, adivinhos e profetas evocadores de espíritos”, eram encarregados de atuar sobre a imaginação das massas, por meio de fenômenos sobrenaturais.
- No terceiro grau, os brâmanes não tinham mais relações diretas com a multidão; quando o faziam sempre por meio de fenômenos aterrorizantes, e de longe.

2. A MEDIUNIDADE NO ANTIGO EGITO
No Egito antigo, os magos dos faraós evocavam os mortos, e muitos comercializavam os dons de comunicabilidade com os mundos invisíveis para proveito próprio ou dos seus clientes; fato esse comprovado pela proibição de Moisés aos hebreus: "Que entre nós ninguém use de sortilégio e de encantamentos, nem interrogue os mortos para saber a verdade". (Deuterônimo)
De forma idêntica às práticas religiosas da antiga Índia, as faculdades mediúnicas no Egito foram desenvolvidas e praticadas no silêncio dos templos sagrados sob o mais profundo mistério, e rigorosamente vedados à população leiga.
A iniciação nos templos egípcios era cercada de numerosos obstáculos, e exigia-se o juramento de sigilo, e a menor indiscrição era punida com a morte.
Saídos de todas as classes sociais, mesmo das mais ínfimas, os sacerdotes eram os verdadeiros senhores do Egito; os reis, por eles escolhidos e iniciados, só governavam a nação a título de mandatários.
Todos os historiadores estão de acordo em atribuir aos sacerdotes do antigo Egito poderes que pareciam sobrenaturais e misteriosos.
Os magos dos faraós realizavam todos esses prodígios que são referidos na Bíblia; é bem certo que eles evocavam os mortos, pois Moisés, seu discípulo, proibiu formalmente que os hebreus se entregassem a essas práticas.
Os sacerdotes do antigo Egito eram tidos como pessoas sobrenaturais, em face dos poderes mediúnicos, que eram misturados maliciosamente com práticas mágicas e de prestidigitação.
A ciência dos sacerdotes do Egito antigo ultrapassava em muito a ciência atual, pois conheciam o magnetismo, o sonambulismo, curavam pelo sono provocado, praticavam largamente a sugestão, provocavam a clarividência com fins terapêuticos e eram célebres pelas práticas de curas hipnóticas.
AMENOPHIS – o sacerdote egípcio (A Iniciação do Codificador).
No tempo em que Moisés libertou o povo hebreu do cativeiro egípcio, vamos encontrar o espírito daquele que um dia seria o Codificador da Doutrina Espírita envergando a túnica sacerdotal e já detentor de uma sabedoria que o colocava como sacerdote preferido do Faraó Ramsés II.
O sacerdote Amenophis era médium de efeitos físicos, inclusive existem relatos sobre as sessões de materialização que eram realizadas naquela época.

3. MEDIUNIDADE NA SUMÉRIA
A medicina entre os sumerianos era em curioso misto de ervanária e magia, cujo receituário consistia principalmente em feitiços para exorcizar os maus espíritos que acreditavam ser a causa das suas moléstias.

4. MEDIUNIDADE NA BABILÔNIA
Os babilônios primitivos viviam cercados de superstições. Acreditavam que hordas de espíritos malévolos se escondiam na escuridão e cruzavam os ares, espalhando em seu caminho o terror e a destruição, cuja única defesa eram os sacrifícios e os sortilégios mágicos.
Se o antigo povo babilônio não inventou a feitiçaria foi ao menos o primeiro a dar-lhe um lugar de grande importância, a ponto do desenvolvimento da demonologia e da bruxaria terem exigido leis que prescreviam a pena de morte contra seus praticantes e há provas de ter sido bastante temido o poder dos feiticeiros.

5. A MEDIUNIDADE NA ANTIGA GRÉCIA
Na Grécia a crença nas evocações era geral. Todos os templos possuíam chamadas pitonisas encarregadas de proferir oráculos, evocando os deuses, mas, às vezes, o consultante queria ele próprio ver e falar a "sombra" desejada e, como na Judéia, conseguia-se pô-lo em comunicação com o ser, ao qual desejava interrogar (Delane, 1937).

6. A MEDIUNIDADE NOS CELTAS
Celtas povo pré-histórico que se espalhou por grande parte da Europa entre os séculos XXI a.C. a I a.C., atingindo o maior poderio do século VI a.C. ao III a.C., possuíram grupos fechados de sacerdotes, especializados em comunicações com além, chamados de "Druidas".

ALLAN KARDEC - o sacerdote druida (Aquisição da Sabedoria)
Segundo o Espírito de Zéfiro aproximadamente no ano 100 a.C., Denizar Rivail foi um chefe druida. Os druidas eram os sacerdotes do povo celta.
A escolha dos futuros sacerdotes era feita entre a classe aristocrática e, desde criança, já se submetiam a rigorosa disciplina e intenso aprendizado junto aos druidas
mais velhos.
A sabedoria druídica já admitia a reencarnação, a inexistência de penas eternas, o livre-arbítrio, a imortalidade da alma, a lei de causa e efeito, as esferas espirituais.
Marcou tanto essa etapa reencarnatória, que o Codificador decidiu assinar suas obras espíritas, com o nome de Allan Kardec.

7. ORÁCULOS GREGOS E ROMANOS
Mediante a invocação de poderes sobrenaturais, o homem sempre recorreu a vários tipos de adivinhação. No mundo greco-romano, um dos meios mais difundido foi os oráculos.
Chamavam-se oráculos as respostas dadas pelos deuses a perguntas a eles formuladas de acordo com determinados rituais executados por uma pessoa que atuava como médium ou pitonisa.
Os Oráculos eram núcleos de intercâmbio medianímico, onde trabalhavam sibilas, pítons e pitonisas.
Gente de todas as classes sociais, inclusive autoridades públicas, visitavam estes lugares, recebendo orientações das mais diversificadas;
O termo refere-se também à própria divindade que respondia e a seu intérprete, bem como ao local onde eram dadas as respostas.
Os templos ou grutas destinados aos oráculos eram numerosos e dedicados a diversos deuses.
Os rituais variavam dos mais simples, como tirar a sorte, aos mais complexos, executados por pessoas que atuavam como médium ou pitonisa.
Antes da consulta, a pitonisa e o consulente banhavam-se na fonte Castália; depois, ela bebia água da fonte sagrada de Cassótis e entrava no templo, onde o deus era invocado por meio de um ritual.
Em seguida, sentada numa trípode, entre vapores sulfurosos (enxofre) e mascando folhas de louro (a árvore sagrada de Apolo), entrava em transe ou "delírio divino", quando transmitia as palavras do deus.
Sua mensagem era anotada e interpretada pelos sacerdotes, que comunicavam-na ao consulente, com freqüência sob a forma de versos.
As pessoas após o contato com os Espíritos, passavam por uma limpeza com enxofre, as emanações dessas substâncias tinha como função descontaminar as pessoas pela destruição dos miasmas ou fluidos deixados pelos mortos.
O mais famoso oráculo da antiguidade foi o santuário de Apolo em Delfos, localizado nas encostas do monte Parnaso, no golfo de Corinto (Grécia)
Embora sua existência já fosse conhecida por Homero, sua fama só se difundiu entre as comunidades helênicas nos séculos VII e VI a.C., quando começou a ser consultado por legisladores e chefes militares.
Na Grécia existiam muitos outros, mas destacavam-se mais o oráculo de Zeus em Dodona, no noroeste, o oráculo de Epidauro com o deus Asclépio, o oráculo de Anficléia com o deus Dioniso.
Os oráculos sibilinos consistiam em profecias realizadas por mulheres chamadas sibilas. As sibilas mais famosas eram a de Eritréia e a de Cumas.
Os romanos também tiveram os seus oráculos, chamados arúspices, que interpretavam as disposições dos deuses pelo exame das vísceras de animais sacrificados ou pelos fenômenos da natureza, como raios, trovões e eclipses. A expansão do cristianismo pôs fim à atividade dos oráculos.

8. A MEDIUNIDADE NA BÍBLIA
A Bíblia com o Velho e o Novo Testamento é uma fonte riquíssima de fenômenos mediúnicos, a própria tão propalada proibição de Moisés à evocação dos espíritos é uma das maiores confirmações da existência da mediunidade.
8.1. CASO DE ESCRITA DIRETA
DANIEL (5:5) - Por ocasião em que se realizava um banquete oferecido pelo rei Balthazar (filho de Nabucodonosor), ao qual compareceram mais de mil pessoas da corte, no momento em que bebiam vinho e louvavam os deuses, apareceram uns dedos de mão de homem, e escreviam defronte do candeeiro, na caiadura da parede do palácio real; e o rei via os movimentos da mão que escrevia.
8.2. CASOS DE LEVITAÇÃO
O que se dá é que os Espíritos operantes envolvem a pessoa ou coisa a levitar em fluidos, isolando-os assim do ambiente físico. A ação do espírito sobre o material a levitar se realiza pela utilização das suas próprias mãos convenientemente materializadas ou condensadas.
EZEQUIEL (3:14) - Também o Espírito me levantou e me levou consigo; e eu fui cheio de amargura, na indignação do meu Espírito; porém a mão do Senhor estava comigo, confortando-me.
EZEQUIEL (8:2) - Olhei, e eis uma figura como de fogo; Estendeu ela dali uma semelhança de mão e me tomou pelos cachos da cabeça; o Espírito me levantou entre a terra e o céu, e me levou a Jerusalém em visões de Deus.
8.3. CASO DE INCORPORAÇÃO
JEREMIAS (39:15) - O profeta da paz, era médium de incorporação, quando o Espírito o tomava, pregava contra a guerra aos exércitos de Nabucodonosor.
8.4. CASOS DE VIDÊNCIA
DANIEL (8:15) - Havendo eu, Daniel tido uma visão, procurei entendê-la, e eis que se apresentou diante de mim com aparência de homem, veio, pois, para perto donde eu estava; ao chegar ele, fiquei amedrontado, e prostei-me com o rosto em terra; mas ele me disse: Entende, filho do homem, pois esta visão se refere ao tempo do fim.
DANIEL (10:5) - Levantei os olhos, e olhei, e vi um homem vestido de linho, o seu rosto como um relâmpago. Só eu, Daniel, tive aquela visão; os homens que estavam comigo nada viram, não obstante, caiu sobre eles grande temor, e fugiram e se esconderam, contudo ouvi a voz das suas palavras, e ouvindo-a, caí sem sentido, com o rosto em terra.
8.5. CASOS DE MATERIALIZAÇÃO
MOISÉS - Mediante fenômeno de materialização, recebe do Alto a Tábua dos Dez Mandamentos, manifestação de uma vontade superior visando o despertamento moral dos povos;
ANJO GABRIEL – Anunciação de Jesus feita pelo anjo Gabriel à Maria.
DANIEL (6:1) - Todos os grandes da corte, por não acharem meios de acusar a Daniel, convenceram ao rei, que ele deveria estabelecer um decreto, que fizesse com que todo homem que, por espaço de trinta dias, fizesse petição a qualquer deus, e não ao rei, fosse lançado na cova dos leões.
O rei Dario que simpatiza com Daniel, mesmo contrariado assinou a escritura de interdito. Daniel, mesmo sabendo sobre o decreto, três vezes no dia se punha de joelhos, e orava, e dava graças, diante do seu Deus, como costumava fazer. Então aqueles homens tendo achado Daniel a orar e a suplicar, diante do seu Deus. Foram junto ao rei e o convenceram penalizar a Daniel.
O rei ordenou que trouxessem a Daniel e o lançassem na cova dos leões. Disse o rei a Daniel: o teu Deus, a quem tu continuadamente serves, que ele te livre. Foi trazida uma pedra e posta sobre a boca da cova; selou-a o rei com seu próprio anel, e com o dos seus grandes, para que nada se mudasse a respeito de Daniel.
Então o rei se dirigiu para o seu palácio, passou a noite em claro, o sono fugiu. Pela manhã, ao romper do dia, levantou-se o rei e foi com pressa à cova dos leões. Chegando-se ele à cova, chamou por Daniel - disse o rei: Daniel, servo do deus vivo, dar-se-ia o caso que teu Deus, a quem tu continuadamente serves, tenha podido te livrar-te dos leões?
Então Daniel respondeu ao rei: O meu deus enviou o seu anjo, e fechou a boca aos leões, para que não me fizessem dano, porque foi achada em mim inocência diante dele; O rei alegrou-se e mandou tirar a Daniel da cova e nenhum dano se achou nele. Ordenou o rei, e foram trazidos aqueles homens que tinham acusado a Daniel e foram atirados na cova dos leões.

9. OUTROS FATOS QUE EVIDENCIAM A PRESENÇA ESPIRITUAL NA HISTÓRIA:
SÓCRATES, constantemente orientado pela guia espiritual, revela-se precursor do Cristianismo. “Desde a minha infância, graças ao favor celeste, sou seguido por um Ser quase divino, cuja voz me interpele a esta ou àquela ação. Os discípulos de Sócrates se referem, com admiração e respeito, ao amigo invisível que o acompanhava constantemente”.
PAULO DE TARSO, às portas de Damasco, tem a visão do nazareno em perfeita configuração luminosa, convertendo-se deste modo em apóstolo e medianeiro do Mestre.
PAULO DE TARSO - Na Bíblia, o apóstolo Paulo deixa claro o intercâmbio entre os dois mundos ao afirmar: "Não extingais o espírito; não desprezeis as profecias; examinai tudo. Retém o que é bom" (I Tessalonicensses).
JOÃO - Também o apóstolo João mostra a possibilidade de comunicação entre os dois mundos, mas nos alerta para a qualidade dessa comunicação: "Não creais em todos espíritos, mas provai se os espíritos são de Deus" (I João).
CÉSAR, o grande imperador romano, esteve com a pitonisa Spurina, informando-se que no dia 15 de março algo muito grave aconteceria em sua vida. Na data prevista, César segue para o Palácio e lá recebe 23 punhaladas, morrendo imediatamente.
CALÍGULA – Neste relato encontramos claramente o caso de materializações, onde os Espíritos vingativos em torno de Calígula eram tantos que, depois de lhe enterrarem os restos nos jardins de Lâmia, eram ali vistos, freqüentemente, até que se lhe exumaram os despojos para a incineração. NERO - nos últimos dias de seu reinado, viu-se fora do corpo carnal, junto de Agripina e de Otavia, sua genitora e sua esposa, ambas assassinadas por sua ordem, a lhe pressagiarem a queda no abismo;
RAINHA VITÓRIA, a soberana que mais tempo permaneceu no Poder inglês, passou 30 anos mantendo diálogos com seu ex-esposo Alberto, através do médium John Brawn. As grandes decisões de seu governo tiveram a participação direta do Espírito;
CATARINA DA RÚSSIA é chamada às pressas para ver o seu sósia fantasma, uma entidade materializada que se demora no trono da rainha, sendo cercada pela guarda do Palácio. Alvejado por dois tiros de fuzil desfez-se sem deixar qualquer sinal de sua presença.
JOÃO HUSS - o reformador (O testemunho que estava pronto) Jean Hus ou João Huss, nasceu em Husinec em 1369 (Allan Kardec desencarnou exatamente 500 anos após, em 1869). Estudou na capital, formou-se bacharel em Arte e Teologia, obteve grande destaque como professor, foi nomeado Deão da Faculdade de Filosofia e, posteriormente, Reitor da Universidade.
Foi profundamente impregnado pelas idéias de Wycliffe (futuramente, Léon Denis), professor da Universidade de Oxford, Inglaterra, e considerado um dos maiores sábios de sua época.
Wycliffe chamava o papa de “Anticristo, mau sacerdote, corrupto, ladrão. Foi sob influência dessas idéias e vivendo esses problemas sociais e políticos, que João Huss desenvolveu seu pensamento e se tornou um grande pregador, recebia grande inspiração espiritual ao pregar”.
Pelos desrespeitos às regras canônicas e morais que a Igreja praticava naquela época, passou a ataca-la, publicamente. Aos seis dias de fevereiro de 1415, foi condenado e executado. Levaram-no a um terreno baldio, despiram-no, amarraram-no a um poste, colocaram lenha ao redor e puseram fogo. Morreu aos 46 anos queimado vivo pela “Santa Inquisição”.
JOANA D’ARC nasceu no ano de 1412, numa pequena aldeia da França chamado Dom Remy. Filha de pobres lavradores, não sabia nem ler nem escrever.
Desde pequena escutava vozes no silêncio dos bosques, que atribuía a São Miguel, Santa Margarida e Santa Catarina, os quais incentivaram a voltar-se para Deus e defender a França, cuja nobreza se encontrava esmagada na luta que durava quase cem anos contra a Inglaterra.
Joana D'arc, heroína francesa, orientada pelas “vozes do Céu”, assume a missão de libertar a sua pátria do jugo inglês. Guiada por essas vozes, ela reorganizou o exército francês e conduziu Carlos VII ao trono.
Seu triunfo motivou inveja e intrigas que culminaram na sua captura, foi perseguida como herege, submete-se ao sacrifício inquisitorial, e posteriormente sua condenação pelo fato de não querer negar essas vozes perante a Igreja, e mesmo, no momento extremo, ainda afirmava ouvir os espíritos;
A sua voz chegava até à silenciosa multidão, que escutava, aterrada, as suas preces e gemidos. Por fim, num último grito de agonia de amor, Joana disse: - "Jesus".
Conta-se que um dos soldados, lançando-se entre a multidão gritou: "Estamos perdidos! Queimamos uma santa!" Posteriormente, a Igreja que a condenou e à qual Joana sempre foi fiel, declarou-a inocente.
Foi canonizada, finalmente, em 1920, na basílica de São Pedro, em Roma. Cinco séculos atrás, no entanto, houve quem soubesse que no meio deles vivia uma santa.





MEDIUNIDADE NA
IDADE MODERNA

HISTÓRIA DE ALGUNS MÉDIUNS FAMOSOS

1 - EMMANUEL SWEDENBORG (1688 - 1772)
Swedenborg nasceu na Suécia e foi educado pela nobreza de sua pátria, deslocando-se para Londres onde se iniciou a sua "iluminação", porquanto desde o dia de sua primeira visão até a sua morte, 27 anos após, esteve ele em contínuo contato com o mundo espiritual de maneira ostensiva.
Naquela noite, diz ele, que o mundo dos espíritos abriu-se para mim e encontrei, muitas pessoas do meu conhecimento e de todas as condições. Desde então diariamente o Senhor abria os olhos do meu espírito para ver, perfeitamente desperto, o que se passava no outro mundo e para conversar, em plena consciência, com os espíritos.
Swedenborg, considerado como precursor do Espiritismo, foi antes de tudo um homem de gênio, cuja genialidade empolgada o fez perder-se em algumas interpretações, naquilo que lhe era dito ou mostrado.
Swedenborg era certamente em sua época, o homem que mais conhecimentos detinha em seu possante cérebro. Era um grande engenheiro, uma autoridade em metalurgia, em Física e em Astronomia, autor de importantes trabalhos sobre as marés e sobre a determinação das latitudes. Era zoologista e anatomista. Financista e político.
Em suas visões o médium falava de uma espécie de vapor que exalava dos poros do seu corpo, que sendo aquoso e muito visível caía no solo sobre o tapete. É uma perfeita descrição do ectoplasma utilizado nos efeitos físicos.
Em uma dessas visões Swedenborg descreveu um incêndio em Estocolmo, a 300 milhas de distância, com perfeita exatidão. Estava ele em um jantar acompanhado de 16 pessoas que serviram como testemunhas do evento, investigado pelo grande filósofo Kant.
A partir de então ele teve o privilégio de examinar várias esferas do outro mundo e, suas narrativas se assemelham às de André Luiz, recebidas pelo canal mediúnico de Chico Xavier.
Seu trabalho foi de imenso valor, no que tange aos ensinos que seriam confirmados pelo Espiritismo, a sua obra foi um marco, no imenso oceano de superstições e fanatismo em que viviam os homens de sua época.

2 - FRANZ ANTON MESMER (1734 - 1815)
Mesmer foi o médico austríaco criador da teoria do magnetismo animal conhecido pelo nome de mesmerismo. Nasceu a 23 de maio em Iznang, uma pequena vila perto do Lago Constance. Estudou teologia em Ingolstadt e formou-se em medicina na Universidade de Viena.
Em 1775, após muitas experiências, Mesmer reconhece que pode curar mediante a aplicação de suas mãos, acredita que dela desprende um fluido que alcança o doente; Declara: "De todos os corpos da Natureza, é o próprio homem que com maior eficácia atua sobre o homem".
A doença seria apenas uma desarmonia no equilíbrio da criatura, opina ele. Mesmer, que nada cobrava pelos tratamentos, preferia cuidar de distúrbios ligados ao sistema nervoso.
Além da imposição das mãos sobre os doentes, para estender o benefício a maior número de pessoas, magnetizava água, pratos, cama, etc., cujo contato submetia os enfermos.
Mesmer praticou durante anos o seu método de tratamento em Viena e em Paris, com evidente êxito, mas acabou expulso de ambas as cidades pela inveja e incompreensão de muitos.
Depois de cinco tentativas para conseguir exame judicioso do seu método de curar, pelas academias, é que publica, em 1779, a "Dissertação sobre a descoberta do magnetismo animal", na qual afirma que este é uma ciência com princípios e regras, embora ainda pouco conhecida.
Em 1784, o governo francês nomeou uma comissão de médicos e cientistas para investigar suas atividades. Benjamin Franklin foi um dos membros dessa comissão, que acabou por constatar a veracidade das curas, porém as atribuíram não ao magnetismo animal, mas a outras causas fisiológicas desconhecidas.
Em 1792, Mesmer vê-se forçado a retirar-se de Paris, vilipendiado, e instala-se em pequena cidade suíça, onde vive durante 20 anos sempre servindo aos necessitados e sem nunca desanimar nem se queixar. No início de 1814, ele regressou para Iznang, sua terra natal, onde permaneceria os seus últimos dias até falecer, no ano seguinte.
Assim foi Mesmer. Durante anos semeou a cura de enfermos doando de seu próprio fluido vital em atitude digna daqueles que se sacrificam por amor ao seu trabalho e a seus irmãos.

3 - ANDREW JACKSON DAVIS
Andrew Jackson Davis nasceu no dia 11 de agosto de 1826, nas margens do rio Hudson, nos Estados Unidos da América do Norte, e desencarnou em 1910, com a idade de 84 anos. Jackson Davis descendia de família humilde. Sua faculdade mediúnica desabrochou quando tinha apenas 17 anos.
Primeiro desenvolveu a audiência. Ouvia vozes que lhe davam bons conselhos. Depois, surgiu a vidência, tendo notável visão, quando sua mãe morreu. Mais tarde manifestou-se outra faculdade muito interessante e muito rara: a de ver e descrever o corpo humano, que se tornava transparente aos seus olhos espirituais.
Dizia ele que cada órgão do corpo parecia claro e transparente, mas se tornava escuro quando apresentava enfermidade.
Na tarde de seis de março de 1844, deu-se, com Davis, um dos mais extraordinários fenômenos, o da levitação. Foi ele tomado por uma força estranha que o fez voar da cidade de Poughkeepsie a Catskill, cerca de quarenta milhas de distância.
Para nós, espíritas, o papel representado por Jackson Davis é de grande importância, pois começou a preparar o terreno para os grandes acontecimentos da Terceira Revelação.
Em suas visões espirituais viu quase tudo o que Swedenborg descreveu sobre o plano espiritual (abramos aqui um parêntese para dizer que, por ocasião do seu transporte às montanhas de Catskill, identificou Galeno e Swedenborg como seus mentores espirituais).
Em seu caderno de notas, encontrou-se a seguinte passagem datada de 31 de março de 1848: "Esta madrugada, um sopro quente passou pela minha face e ouvi uma voz, suave e forte, a dizer: irmão, um bom trabalho foi começado – olha! Surgiu uma demonstração viva. Fiquei pensando o que queria dizer aquela mensagem “. Ao que parece, este aviso fazia menção aos fenômenos de Hydesville, pois foi exatamente nessa data, numa sexta-feira, que se estabeleceu o início da telegrafia espiritual, através da menina Kate Fox.

4 - DANIEL DUNGLAS HOME
Descendente de família nobre, da Escócia, nascia, no dia 15 de março de 1833, em Currie, perto de Edimburgo, o maior médium de efeitos físicos do século passado – Daniel Dunglas Home.
Aos nove anos de idade, Home partiu para os Estados Unidos em companhia de uma tia que o adotara.
Quando tinha treze anos, manifestou-se nele extraordinária faculdade psíquica, tendo previsto a desencarnação de um amigo da família.
Conta-se que Home fizera um pacto com um colega de nome Edwin, para que o primeiro desencarnado viesse mostrar-se ao outro. Um mês após haver-se mudado para outro distrito, quando foi para cama, teve a visão de Edwin, que desencarnara e viera cumprir o pacto, cuja confirmação recebeu dois ou três dias depois.
Em 1850, teve uma segunda visão; esta, sobre a morte de sua mãe, que vivia na América do Norte. Em seguida, começaram a produzir-se os mais variados fenômenos, tais como fortes batidas nos móveis, transporte de objetos e outros "raps" que inquietaram o lar de sua tia, com quem morava, a ponto de esta afirmar que o rapaz havia trazido o Diabo para sua casa.
Esses fenômenos tiveram grande repercussão em toda a América, tendo sido organizada, em 1852, uma Comissão da Universidade de Harward para visitar o médium, comissão essa que lavrou ata afirmando a exatidão dos fatos verificados durante as experiências com ele realizadas.
Em 1855, Home transportou-se para a Europa, Home jamais mercadejou seus preciosos dons
mediúnicos. Home, como se vê, possuía várias faculdades, dentre elas, a de levitação, fenômeno esse inúmeras vezes constatado por cientista da época.
No dia 13 de dezembro de 1868 teve um caso que foi fartamente documentado por várias pessoas.
Home flutuou horizontalmente, como se estivesse deitado numa cama, através de uma janela aberta no terceiro andar de uma casa e voltou por outra. Feito isso, Home ficou de pé.
O fenômeno foi, em seguida repetido, sempre diante de testemunhas. Em outras ocasiões, Home levitou numa sala assistido por um grupo de pessoas.
Como todo médium, Home foi caluniado e ferido em sua dignidade, mas nunca lhe faltou, nas horas mais difíceis, o amparo de seus mentores espirituais.
Allan Kardec, através das colunas de "Revue Spirite", o defende.

5 - EUSÁPIA PALADINO
Nasceu em Nápoles, Itália, em 31 de janeiro de 1854, e desencarnou em 1918, com sessenta e quatro anos, Eusápia Paladino foi a primeira médium de efeitos físicos a ser submetida a experiências pelos cientistas da época.
As primeiras manifestações de sua mediunidade consistiram no movimento e levitação de objetos, quando ainda muito jovem, pois contava apenas quatorze anos, somente aos vinte e três anos é que, graças a um espírita convicto, Signor Damiani, ela conheceu o Espiritismo.
Por volta do ano 1888 é que Eusápia tornou-se conhecida no mundo científico em virtude de uma carta do Prof. Ércole Chiaia enviada ao criminalista César Lombroso.
Três anos mais tarde, em 1891, Lombroso aceitou o convite, realizando, com Eusápia, uma série de sessões. Esses trabalhos foram seguidos pela Comissão de Milão, integrada pelos professores Schiaparelli, diretor do Observatório de Milão; Gerosa, Catedrático de física; Ermacora, Doutor em Filosofia, de Munique, e o prof. Charles Richet, da Universidade de Paris.
Além dessas sessões, muitas outras foram realizadas, com a presença de homens de ciência, não só da Europa, como também da América.
Lombroso, diante da evidência dos fatos, converteu-se ao Espiritismo, tendo declarado: - "Estou cheio de confusão e lamento haver combatido, com tanta persistência, a possibilidade dos fatos chamados espíritas”.A conversão de Lombroso deveu-se também ao fato de o Espírito de sua mãe haver-se materializado em uma das sessões realizadas com Eusápia.
Convém citarmos um trecho do relatório apresentado pela Comissão de Milão que diz: - “É impossível dizer o número de vezes que uma mão apareceu e foi tocada por um de nós”.
Como se vê, a Comissão que ofereceu este relatório era constituída por homens de ciência, o que não deixa dúvida quanto à veracidade dos fenômenos por eles constatados.
O prof. Charles Richet, em 1894, também realizou várias sessões experimentais em sua própria casa, obtendo levitações parciais e completas da mesa, além de outros fenômenos de efeitos físicos.
Sir Oliver Lodge, prof. de Filosofia Natural do Colégio de Bedford, Catedrático de Física da Universidade de Liverpool, Reitor da Universidade de Birmingham, e que foi, também, presidente da Associação Britânica de Cientistas, também realizou inúmeras experiências com a médium Eusápia Paladino.
6 - MADAME D'ESPERANCE
Elizabeth d’Esperance nasceu em 1849, um ano depois dos fenômenos de Hydesville.
Quando ainda mocinha, apareceu em público, respondendo perguntas referentes aos mais variados setores da ciência, que foram respondidas, rapidamente, pela médium, em inglês, alemão e até mesmo em latim. Madame d’Esperance, que possuía educação de classe média, quando caía em transe mediúnico, externava admiráveis conhecimentos científicos, abordando assuntos totalmente desconhecidos daqueles que a interrogavam.
Nesse estado, desenhava na mais completa escuridão.
Não é admissível:
- que alguém pode ver normalmente e desenhar com minuciosa precisão em completa obscuridade;
- que alguém pode, por meios normais de visão, ler o conteúdo de uma carta fechada, no escuro;
- que alguém, que ignore a língua alemã, possa escrever com rapidez e exatidão longas comunicações em alemão.
Na sua infância, brincava com Espíritos de crianças, como se estes fossem crianças reais.
Mais tarde, lhe foi acrescentada à faculdade de materialização, pois ela fornecia, em abundância, o fluido chamado "ectoplasma", que serve para a produção desse fenômeno.
Seu guia espiritual era uma bela moça árabe, que dava o nome de Yolanda. Esse Espírito se
materializava, constantemente, dada a perfeita afinidade que tinha com a médium.
Alexandre Aksakoff, no seu livro "Um Caso de Desmaterialização Parcial", descreve que, em uma sessão realizada com essa médium, viu seu corpo desmaterializar-se, parcialmente.
Foram também obtidos, graças à preciosa faculdade dessa médium, moldagens em parafina, de mãos e pés, com punhos e tornozelos que, dada à estreiteza dessas partes, não podiam permitir a saída dos membros, a não ser por sua desmaterialização.
Como a maioria dos médiuns de prova, Madame d’Esperance também sofreu muito durante o cumprimento da sua espinhosa missão.
Em um dos trabalhos de materialização realizado na Escandinávia, o Espírito de Yolanda foi agarrado por um pesquisador menos avisado, com o intuito de desmascaramento, tendo a médium sofrido grande choque traumático que lhe produziu sério desequilíbrio orgânico, prostrando-a de cama.
7 - FLORENCE COOK (1856 - 1904)
Os pormenores da vida de Florence são fornecidos por ela própria, em carta dirigida a Mr. Harrison, diz: "Tenho 15 anos, desde a minha infância vejo os espíritos e ouço-os falar. Como ninguém os via nem ouvia, meus pais procuraram inculcar em mim a idéia de que era produto de minha imaginação.
Na primavera de 1872 fui visitar uma amiga de colégio, ela me perguntou se eu já ouvira falar de Espiritismo, acrescentado que seus pais e ela se reuniam em torno de uma mesa, nessa situação obtinham certos movimentos; Florence participou da sessão daquela tarde, e quando ficou em pé junto à mesa, esta se ergueu a uma altura de quatro pés.
Na segunda sessão por tiptologia, foram orientados para que deixassem o aposento em penumbra. Eles a ergueriam e dariam a volta na sala com ela. Diz Florence: “De imediato senti que alguém me tirava da cadeira, e, fui erguida até o teto, fato que todas as pessoas presentes na sala puderam ver. Minha mãe indagou se podíamos obter esse fenômeno em nossa casa. A mesa respondeu que sim, visto que eu era médium”.
Na primeira reunião em nossa casa, os espíritos quebraram a nossa mesa e duas cadeiras, fazendo ainda outros estragos.
Em vista disso, resolvemos que, de modo algum tornaríamos a realizar sessões. Então os espíritos começaram a nos atormentar, atirando-nos livros e outros objetos; as cadeiras passeavam sozinhas pela sala, a mesa se erguia violentamente, enquanto fazíamos as refeições, e fortes ruídos eram ouvidos durante a noite, fazendo-nos estremecer de medo. Por fim nos vimos obrigadas a nos reunirmos em torno da mesa e a tentar um diálogo com eles.
Os espíritos disseram que fôssemos a Navarino Street, 74" onde existia uma sociedade espírita. O endereço estava certo. Lá encontramos Mr. Thomas Blyton que nos convidou a assistir a uma sessão onde entrei em transe e, por incorporação, uma entidade disse aos meus pais que, se contássemos com o auxílio de Mr. Herne e Mr. Williams, obteríamos comunicações de valor.
Reunimo-nos várias vezes e, finalmente, obtivemos os fenômenos prometidos. O espírito que dirigiu a sessão disse chamar-se Katie King". No dia 22 de abril de 1872, o espírito Katie King se materializou parcialmente pela primeira vez. Katie mostrou-se na abertura da cortina e falou durante alguns minutos, ocasião em que os presentes puderam acompanhar o movimento de seus lábios.
Com o avanço das experiências, Florence, que antes, nas materializações parciais permanecia consciente, passou a cair em transe à medida que Katie King ia conseguindo-se mostrar mais perfeitamente.
A Doutrina Espírita deve eterna gratidão à menina de 15 anos, que, sacrificando sua juventude nos laboratórios dos sábios, prestou os mais relevantes serviços à comprovação científica da imortal obra de Allan Kardec.

8 - HENRY SLADE
Henry Slade representou importante papel na história do Espiritismo, pelo grande poder mediúnico de que era dotado.
Slade celebrizou-se pela escrita na lousa, tendo-se exibido, por muitos anos, na América do Norte, de onde transportou-se para a Inglaterra, realizando, em Londres, inúmeras sessões desse gênero.
Dr. Slade, cobrava vinte Shillings por sessão e prefere que apenas uma pessoa fique na sala que ocupa.
Não perde tempo: assim que o visitante se senta, começam os incidentes, continuam e terminam em cerca de quinze minutos."
Slade não só produzia a escrita na lousa, como também provocava outros fenômenos de efeitos físicos tais como o arremesso de objetos, materializações de mãos e a execução musical.
Certa vez, em uma sessão realizada em plena luz do dia, além de ser obtida a escrita na ardósia, foi também executada, ao acordeon, a peça "Home, Sweet Home" (Lar, Doce Lar).
Como se vê, Slade era médium dotado de grande poder para a produção de fenômenos de efeitos físicos.
A carreira de Slade, como a da maioria dos médiuns, foi bastante espinhosa. Por acusação de fraude, feita pelo prof. Ray Lankester, foi julgado na Corte de Polícia de Bow Street, perante o juiz Flower. A acusação foi feita por Mr. George Lewis e a defesa esteve a cargo de Mr. Munton.
Sobre a autenticidade dos fenômenos produzidos por Slade, falaram Alfred Russel Wallace, Serjeant Cox, além de outros, que apresentaram provas concretas para a defesa do acusado, mas, mesmo assim, o magistrado, no julgamento, exclui, dizendo que sua decisão baseava-se em "inferências deduzidas dos conhecidos fatos naturais".
Assim, foi Slade condenado a três meses de prisão, com trabalhos forçados, nos termos da lei. Houve apelo e ele foi solto sob fiança. Mais tarde, quando foi julgado o apelo, a condenação foi anulada.
Henry Slade desencarnou em 1905, num Sanatório, em Michigam. Foram inúmeros os comentários feitos pela imprensa londrina a respeito das ocorrências registradas com ele, notadamente sobre a perseguição movida por Ray Lankester, em Bow Street, de que resultou sua condenação.

9 - OS IRMÃOS DAVENPORT
Ira Davenport, nasceu a 17 de setembro de 1839, em Buffalo, New York, e William Henry Davenport, a 1.º de fevereiro de 1841. Pertenciam a uma família descendente de colonizadores ingleses da América do Norte. Em 1846, manifestou-se a faculdade mediúnica em ambos os irmãos, caracterizando-se por batidas, ruídos, estalos e outros fenômenos, que chamaram a atenção de muitos investigadores da época.
A notícia espalhou-se por toda parte, transformando-se a casa dos Davenport centro de grande atenção de todos os que para ali se dirigiam a fim de assistir aos mais estranhos fenômenos por eles produzidos.
Do mesmo modo que com as irmãs Fox, centenas de curiosos e incrédulos se amontoavam na casa. Ira desenvolveu a escrita automática (psicografia) e distribuía entre os presentes mensagens escritas com extraordinária rapidez, contendo informações que ele não podia possuir.
Logo se seguiu a levitação e o rapaz era suspenso no ar, por cima das cabeças dos que se achavam na sala, a uma altura de nove pés do solo. Depois, o irmão e a irmã, foram igualmente influenciados e os três flutuavam no alto da sala.
Centenas de citadãos respeitáveis de Buffalo são citados como tendo presenciado esses fatos.
Uma vez, quando a família tomava uma refeição, as facas, os garfos e os pratos dançaram e a mesa foi
erguida no ar. Numa sessão, pouco depois disso, o lápis foi visto escrevendo em plena luz do dia, sem qualquer contato humano.
Então as sessões passaram a ser feitas com regularidade; começaram a aparecer luzes e instrumentos que boiavam no ar e eram tocados em cima das cabeças dos circunstantes.
A Voz Direta e outras manifestações extraordinárias se seguiram muito numerosas.
Atendendo ao pedido das inteligências comunicantes, os irmãos começaram programando os vários lugares onde seriam realizadas sessões públicas.
Os irmãos Davenport, como quase todos os médiuns, que vieram ao mundo para provar a sobrevivência do Espírito após a desencarnação, também sofreram perseguições.

10 - EDGAR CAYCE (1877 – 1945)
Edgar Cayce , conhecido como o profeta sonâmbulo.
Nascido em 1877, filho de um agricultor do Kentucky , Edgar Cayce viu-se obrigado a deixar a escola na sétima série porque precisava trabalhar.
Mais tarde , teve como meta tornar-se um pregador, mas foi acometido de uma doença na garganta que reduziu sua voz a um mero sussurro.
Após procurar em vão inúmeros médicos, pediu a um amigo que o hipnotizasse; ao cair em estado de transe, Cayce começou a falar , com voz forte e firme, diagnosticando o problema e prescrevendo o remédio que acabaria por curá-lo.
A partir de então, houve dois Edgar Cayce, o "sonâmbulo" e o "desperto".
Durante anos, até sua morte em 1945, Cayce passaria grande parte de sua vida mergulhado em transes profundos, buscando a causa dos males e distúrbios físicos das pessoas e prescrevendo remédios.
Na década de 20 , o Cayce "sonambulo" começou a enfatizar a existência da reencarnação.
Relativamente simples e profundamente religioso , Cayce por vezes ficava assombrado ao saber o que dissera em estado de transe: o Cayce "desperto chegou a temer que as idéias sobre a reencarnação difundidas por sua metade sonâmbula fossem pouco cristãs.
Em 1932 fundou-se um instituto para apoiar o trabalho de Cayce e suas leituras passaram a ser registradas.
Estão registradas mais de 650 leituras que fez para pessoas diferentes ao longo de 21 anos.


QUADRO RESUMO









A MEDIUNIDADE
E OS CIENTISTAS

OS CIENTISTAS E ESPIRITISMO
Se os fenômenos espiritistas se limitassem ao círculo de seus seguidores, a opinião geral poderia ver neles simples artigos de fé, sem maiores consequências de interesse geral.
Mas na verdade é que esses fenômenos se multiplicaram, numa sucessão sempre audaz e desafiadora.
O expediente de proibições e excomunhões se tornaria ineficaz, desacreditado e ingênuo diante da avalanche de fenômenos variados: vozes misteriosas, contato de mãos invisíveis, materializações de espíritos, escritas diretas, aparições de espíritos familiares, revelações de uma vida superior e mais bela, atestando a inquestionável sobrevivência da alma.
Era natural que, em face do volume de tantos fatos, a sociedade requisitasse o exame consciencioso de seus sábios e cientistas.
Então os cientistas, acossados por todos os lados, descruzaram os braços e se puseram a campo para uma investigação rigorosa e fria.
A ciência, representada por um grupo de personalidades sérias e refratárias a imposições religiosas, foi chamada a depor.
E depôs de tal forma, que o Espiritismo foi, por assim dizer, fotografado, pesado e medido.

WILLIAN CROOKES
Coube a Willian Crookes, o célebre físico inglês, chamar a atenção de toda Europa acionalista para a realidade dos fatos espíritas. Muitos esperavam de suas investigações uma condenação irrevogável e humilhante.
Todavia o veredito do eminente sábio foi favorável. A Inglaterra cética assustou-se com as certezas obtidas dentro do mais severo método científico e cercadas de prudência extrema.
Afinal, era preciso aceitá-las, porque Crookes pesquisou com frieza, observou pacientemente, fotografou, provou, contraprovou e rendeu-se!

A. RUSSEL WALLACE
A. Russel Wallace, físico naturalista, considerado rival de Darwin, confessa: “Eu era um materialista tão convencido, que não admitia absolutamente a existência do mundo espiritual. Os fatos, porém, são coisas pertinazes. Eles me obrigam a aceitá-los como fatos”.

CROMWEL VARLEY
Cromwel Varley, engenheiro, descobridor do condensador elétrico: “O ridículo que os espíritas têm sofrido não parte senão daqueles que não tem tido o interesse científico e a coragem de fazer algumas investigações antes de atacarem aquilo que ignoram.”

OLIVER LODGE
Óliver Lodge, membro da Academia Real, físico responsável, declara: “Não viemos anunciar uma verdade extraordinária; nenhum novo meio de comunicação trazemos, apenas uma coleção de provas de identidade cuidadosamente colhidas.
Digo “provas cuidadosamente colhidas”, pois que todos os estratagemas empregados para sua obtenção foram postas em prática e não fiquei com nenhuma dúvida da existência e sobrevivência da personalidade após a morte”.

WILLIAN BARRET
William Barrett, professor de física: “É evidente a existência de um mundo espiritual, a sobrevivência depois da morte e a comunicação ocasional dos que morreram. Ninguém, dos que ridicularizam o Espiritismo, lhe concedeu, que eu saiba, atenção refletida e paciente. Afirmo que toda pessoa de senso que consagrar o seu estudo, prudente e imparcial, tantos dias ou mesmo tantas horas,
como muitos de nós tem consagrado anos, será constrangido a mudar de opinião.”

FREDERICO MYERS
Frederico Myers, da sociedade Real de Londres: “Pelas minhas experiências convenci-me de que os pretendidos mortos se podem comunicar conosco e penso que, para o futuro, eles poderão fazê-lo de modo mais completo”.
A. DE MORGAN
A. de Morgan, presidente da Sociedade de Matemática de Londres: “Estou absolutamente convencido do que tenho visto e ouvido a respeito dos fenômenos chamados espíritas, em condições que tornam a incredulidade impossível”.

ERNESTO BOZZANO
Ernesto Bozzano, que por mais de trinta anos se dedicou aos estudos psíquicos: “Afirmo, sem receio de erro, que, fora da hipótese espírita, não existe nenhuma outra capaz de explicar os casos análogos ao que acabo de expor”.

OCHOROWICZ
Ochorowicz, professor de Psicologia da Universidade de Lemberg: “Quando me recordo de que, numa certa época, eu me admirava da coragem de Willian Crookes em sustentar a realidade dos fenômenos espíritas; quando reflito, sobretudo, que li suas obras com o sorriso estúpido que iluminava sempre a fisionomia de seus colegas, ao simples enunciado destas coisas, eu coro de vergonha por mim próprio e pelos outros.”

CHARLES RICHET
Houve até quem fundou, uma nova ciência, com o objetivo exclusivo de verificar a autenticidade dos fatos supranormais. Este homem foi Charles Richet, criador da metapsíquica.
São dele as seguintes palavras: “Temos lido e relido, estudado e analisado as obras que foram escritas sobre o assunto, e declaramos enormemente inverossímel e mesmo impossível que homens ilustres e probos como W. James, Chiaparelli, Meyrs, Zollner, de Rochas, Ochorowicz, Morselli, William Barrett, Gurney, Flammarion e tantos outros se tenham deixado, todos, por cem vezes diferentes, apesar de sua ciência, apesar de sua vigilante atenção, enganar por fraudadores e que fossem vítimas de uma espantosa credulidade. Eles não poderiam ser todos e sempre bastante cegos, para não se aperceberem de fraudes que deveriam ser grosseiras; bastante imprudentes para concluir, quando nenhuma conclusão era legítima; bastante inábeis para nunca, nem uns nem outros, fazerem uma só experiência irreprochável. “ A priori”, suas experiências merecem ser meditadas seriamente.”

GELEY
Quem vai agora depor é Geley, diretor do Instituto Metapsíquico de Paris, cientista exigente e poderosa inteligência: “É preciso confessar que os espiritistas dispõem de argumentos formidáveis. O espiritismo só admite fatos experimentais com as deduções que eles comportam.”
“Os fenômenos espíritas estão solidamente estabelecidos pelo testemunho concordante de
milhares e milhares de pesquisadores. Foram fiscalizados, com todo rigor dos métodos experimentais, por sábios ilustres de todos os países. Sua negação pura e simples equivale hoje a uma declaração de falência”.
Finalmente Geley dá este admirável testemunho de estudioso honesto: “Notemos imediatamente que não há exemplo de uma sábio que tenha negado a realidade dos fenômenos depois de estudo um tanto aprofundado. Ao contrário, numerosos são aqueles que, partindo de completo ceticismo, chegam à afirmação entusiástica.”

PAUL GIBIER
Paul Gibier, antes de aceitar o Espiritismo, era um cético declarado. Mas a obstinação dos fatos acabou por quebrar-lhe o negativismo: “Declaramos abertamente que, no começo dessas pesquisas, tínhamos a convicção íntima de que nos achávamos em face de uma colossal mistificação, que era preciso desmascarar. E foi preciso tempo para que nos desfizéssemos desta idéia.”
E acrescenta: “Não mais se permitem a censura e a zombaria fácil em tão grave assunto”.

FLAMMARION
Flammarion, o grande astrônomo, autor de tantas obras notáveis e respeitado como uma das maiores cerebrações da França no século passado, trouxe igualmente, o seu depoimento insuspeito: “A negação dos céticos nada prova, senão que os negadores não observaram os fenômenos.”

O ESPIRITISMO
O fenômeno mediúnico é uma ocorrência tão antiga quanto o homem.
Por ser a mediunidade uma faculdade inerente ao ser humano tem se manifestado em todas as épocas, ocasionando espanto, respeito e manifestações religiosas.
Porém, somente a partir do século passado, com estudos sérios realizados pelo prof. Hippolyte Leon Denizard Rivail.
Os fenômenos de efeitos físicos e inteligentes foram observados em detalhes e tiradas as conclusões necessárias, formando-se então um corpo de Doutrina – O Espiritismo.
O Espiritismo é uma Doutrina nascida da observação e fruto da revelação dos Espíritos Superiores, tem sido codificado de 1857 a 1868.







ESPIRITISMO E METAPSÍQUICA
A ciência oficial não admitiu de pronto as verdades reveladas pelos Espíritos.
Formaram-se inúmeras associações, sociedades e comissões com o ideal de desmascarar as tais verdades, todavia, quanto mais se estudava, mais aumentava o número dos adeptos.
Muitos homens de ciência convenceram-se a respeito da autenticidade dos fenômenos, entre eles o fisiologista francês Charles Richet.
Conjuntamente com o Dr. Geley e o Prof. Meyer fundaram em Paris, o “Instituto Metapsíquico Internacional”, sendo Charles Richet designado como presidente.
A Metapsíquica trata do estudo dos fenômenos psíquicos anormais, como a telepatia, a clarividência, a dupla visão, materializações, etc.
Em 1922, Charles Richet apresentou à academia de ciências o “Tratado de Metapsíquica”.


ESPIRITISMO E PARAPSICOLOGIA

Nos EUA, em torno de 1930 Joseph Banks Rhine, iniciou os estudos que vieram desembocar na estruturação de um novo ramo da ciência preocupada em estudar os fenômenos chamados inabituais.
Enquanto o método da Metapsíquica se baseava no aspecto qualitativo do fenômeno e no
testemunho pessoal dos que presenciavam os mesmos, a Parapsicologia introduziu o método quantitativo.
O método quantitativo, procura estabelecer um meio de fazer que os fenômenos se reproduzam sob determinadas condições. O Método quantitativo busca seguir os padrões utilizados na metodologia cientifica.
A metodologia científica serve-se de métodos que possam ser testados, repetidos e confirmados. Na metodologia científica deve ser descoberto a causa e a lei que rege o objeto da investigação.
Fenômeno normal – é o que se enquadra no conjunto das leis conhecidas e aceitas que governam os processos naturais.
Fenômeno paranormal – Fenômeno inabitual, não se sabe e nem se domina as leis que o regem.
Todos os fenômenos paranormais denominam-se de PSI, embora nem todo fenômeno paranormal seja psíquico, podendo ocorrer sobre objetos e coisas que independem do psiquismo das pessoas envolvidas na ocorrência.


PARAPSICOLOGIA E SUA CORRENTES
CORRENTE RUSSA: Eminentemente materialista dialética, todos os fenômenos são explicados pela matéria. O conceito espiritual é inteiramente colocado de lado, o conceito metafísico é negado.
CORRENTE NORTE-AMERICANA: Admitem que certos fenômenos são produzidos por agentes
especiais que vivem em dimensões diferentes da nossa depois de terem vivido aqui.
CORRENTE FRANCESA: Mistura conceitos sobrenaturais com milagres, é a corrente católica da parapsicologia. Surgiu sem o interesse da investigação, mas sim para confundir e atacar o espiritismo.

A parapsicologia já esta sendo substituída por outras ciências, que dão uma visão mais abrangente, tais como:
- PSICOBIOFÍSICA,
- PSICOTRÔNICA,
A materialização de um espírito (conceito metafísico), hoje descrito pela ciência é assim:
“Forma assumida pelo bioplasma sob a ação de campos estéreo bio-energéticos oriundos de um domínio informacional remanescente de uma pessoa já falecida”.