DICIONÁRIO JEJE/VODUNS
ABADA (abadá) – Primeiro sacerdote do culto dos Tohossous. Recebeu de Zomadonu o asokwe (chocalho feito com uma cabaça).
ABALO (abalô) - Nome dado às crianças que nascem com propensão a atrair maus espíritos, que significa “mover os espíritos ruins para longe”.
ABE (abê) - Vodum feminina irmã de Bade, panteão do trovão. Habita as águas revoltas do oceano. Sempre que acontece um naufrágio é ela junto com Vodum Sayo que tentam salvar os náufragos. Considerada uma das mais velhas mães do mar, sempre substitui Naete, quando essa precisa se ausentar do reino. Nochê Abe é considerada a palmatória do mundo, cabe a ela mostrar as verdades e não deixar que essas sumam nas águas, dizem os antigos que o ditado "A verdade sempre anda sobre as águas, nunca afunda, um dia ela aparecerá na praia" foi dito por Abe. Assim como Erzulie, Abe é conhecedora de alta magia. Veste branco, azul muito clarinho.
ABENONU (abê-nônu) – Maneira como são chamados os Voduns do trovão que habitam as águas oceânicas, pelos adoradores de Hevioso.
ABESAN (abêssam) - Vodum masculino ancestral do clã do sacerdote Kiki. Tem muitos seguidores de várias partes do Benin, que buscam sua ajuda e proteção. Este Vodum não é feito na cabeça de ninguém, seu templo é em Porto Novo e é mantido sempre muito limpo pelas mulheres que ajudam o sacerdote Henri Kiki. Seu assentamento é uma coluna de madeira sólida onde, anualmente vários presentes são ali depositados para homenagear Abesan. Dentre esses presentes podemos citar: moedas e nozes de cola. Todas as mulheres presentes postam-se ajoelhadas e as mãos em forma de cálice, sempre observadas pelo sacerdote Kiki que, de seu trono, tudo supervisiona. Esse Vodum tem sido muito confundido com Oya no Brasil e em outros paises.
ABLO (ablô) - Dança dos Tohousus que se desenvolvem em compridas linhas sinuosas.
ABOBO (abóbó) - Comida oferecida as Aveji-Da que consiste em feijão fradinho cozido até virar uma pasta, em que se coloca um refogado feito no azeite de dendê.
ABOKI (abôqui) - Nome dado às crianças que nascem com propensão a atrair maus espíritos, que significa “mover os espíritos ruins para longe”.
ABO-NOSHO (abô-nôs-tchô) - Expressão usada para pedir calma aos Voduns ou acalmar um espírito (usado apenas pelos sacerdotes).
ABOTO – Vodun que habita as águas doces profundas que desembocam no mar. É sempre confundida tanto como Oxum quanto como Iyemonjá. Uma das Voduns mais velha do panteão da terra. Veste branco, branco com amarelo, amarelo clarinho, suas contas são amarelo pálido. Gosta de adornos dourados e perfume. Não gosta de muito barulho perto dela. Fica fascinada com o barulho dos búzios em movimento com as águas e faz disso seu oráculo.
ABUK (abu) - De acordo com alguns povos Fon, foi a primeira mulher a surgir. Patrona das mulheres e dos jardins, seu fetiche é uma serpente pequena.
ACHINAKPON (atchinapon) – Vodum masculino da família de Hevioso. veste branco e sempre é carregado nos ombros de seus sacerdotes. Cultuado em Cotonou, Porto Novo e Ouidah. É também conhecido como Achinam. Em porto Novo fica seu principal templo onde acontece uma vez por ano uma grande festa. Os avoses (avôssés - sacerdotes de Achinakpon) se fantasiam com roupas vermelhas e branca, carregam enfiado da cabeça ate o pescoço bonecos fetiches do Vodum. O povo se aglomera em volta do Vodum e dos avoses para apreciar as danças e cânticos.
ADA TANGNI (ada tangni) - Vodum masculino filho de Sakpata. É o Vodum da lepra.
ADAE (adaé) – Festival realizado pelo povo Ashanti. Consiste em uma versão nativa do natal, onde sacrifícios são oferecidos aos deuses e ancestrais, para que o povo seja purificado e que todos tenham um ano novo melhor.
ADAEN (adaêm) – Vodum masculino do panteão do trovão, que veste roupas brancas. Dá as chuvas finas que faz as árvores frutificarem e, em conseqüência, é guardião das árvores frutíferas. Em um combate, mata os inimigos pelas costas, não a traição. Todo cuidado é pouco para lidar com esse Vodum, pois a primeira vista ele não demonstra seus desagrados.
ADAHUN (adarrum) – Ritmo frenético que invoca os Voduns, causando atordoamento nos vodunsis facilitando o transe.
ADAJIBE (adajibé) – Cerimônia onde se canta as invocações dos Voduns.
ADANLOKO (Adam-lôcô) – Vodum da linhagem do Vodum Loko.
ADANTAYI (adantaii) – Sakpata – Vodum que ensina aos homens os talismãs que os livram dos feitiços.
ADEEN (adêm) - Vodum feminina do panteão do trovão e da deusa Aveji-Da. É ela quem rege os relâmpagos que cruzam o céu. Em sua ira, pode fulminar cidades inteiras com seus relâmpagos. Sua saudação é “Ahumevi Anabahanhan” que significa “não mate as pessoas”.
ADEN (adêm) - Vodum masculino do panteão do trovão, que veste roupa branca. Dá as chuvas finas que faz as árvores frutificarem e, em conseqüência, é guardião das árvores frutíferas. É o mesmo Vodum Adaen conhecido no Brasil. Em um combate, mata os inimigos pelas costas, não a traição. Todo cuidado é pouco para lidar com esse Vodum, pois a primeira vista ele não demonstra seus desagrados.
ADIMULU (adimûlû) – Outro nome de Mawu.
ADJABA (adjábá) – Cântico de chamada dos kovitos (egum).
ADJAHO (adjarrô) – Criança que deve estar à disposição do peregrino quando de sua volta da peregrinação da Vodum Nana.
ADJAHUTOKWE (adjaru-tôquê) - A casa de Adjahuto. Local onde este Vodum escolheu, após terminar as guerras, para se fixar. Hoje há seu templo neste local, chamado por seus adeptos Togodo.
ADJAKATA (adjacatá) - Vodum masculino do panteão do trovão, dá as chuvas torrenciais. Está sempre com pressa, pois é o porteiro do céu. Em combate arranca os olhos dos inimigos.
ADJAKPA (adjápá) – Filha de Mawu e Lisa. É a responsável pela água potável necessária aos seres humanos.
ADJA-TADO (adjatado) – Primeiro rei fundador de Abomey, da linhagem de Oduduwa.
ADJE-HOUN (adjê-rôum) - Chamado ou louvação ao grande Vodum Houn e sua família (oceano).
ADJIKUI (adjicuí) - Oráculo usado em algumas regiões do Benin.
ADJOGAN (adjôgam) – Dança especifica da nobreza do palácio real de Porto Novo. Executada pela rainha para homenagear o rei ou para acolher visitantes ilustres.
ADOWAN (adôuã) - Sakpata – Vodum que pune com a fome, os moradores de aldeias que abrigam malfeitores impunes.
ADU OGYINAE (adû oginaê) - Segundo os povos Ashanti e Fon, foi o primeiro homem. Liderava sete homens, algumas mulheres, um cão e um leopardo, que foram os primeiros seres a virem à superfície da terra, oriundos de seu interior. Saíram do subterrâneo através de buracos na terra.
ADZAKPA (azapá) - Vodum masculino da linhagem de Lisa, Vodum do crocodilo. Anda lado a lado com ele tanto na terra como na água. Seus adeptos têm o corpo pintado com pó branco sagrado e usam na cabeça, a imagem de um crocodilo esculpida em madeira clara de árvore sagrada. Veste-se de branco.
ADZOGBO (adzôbô)- Tambor muito antigo, originário do Dahomey. Nome também dado a uma dança para os deuses guerreiros. Seis dançarinos imitam movimentos que simulam uma grande batalha.
AFHEKETE (afrêquéte) - É a mais jovem e mimada Vodum do panteão do trovão, habita em todo o oceano. Junto com Nate desempenha o papel de Legba, guardando os mares. Protege os pescadores e pune todos aqueles que insultam os deuses e habitantes do mar. Quando vê uma embarcação pirata, agita as águas para que essa naufrague, e entrega todo o tesouro encontrado aos Voduns da riqueza. Os mortos a Abe Gelede (abé).
AFOMAN (afômam) - Sakpata - Vodum guerreiro. Conta o mito que esse Vodum derrota os inimigos enviando-os as doenças de ossos.
AFRONOTOY – Vodun masculino. Mora no rio.
AGAGA TOLU (ôtôlú) – Vodum caçador muito feroz e sisudo.
AGAMAVI (agamavi) - Iniciados no Vodum Lisa Agbogbo Loko.
AGBANUKWER (abanuqüê) – Vodum legba que auxilia Vodum Fa. Também conhecido como Agbã-Nukõ.
AGBE (abê) - Vodum feminina irmã de Bade, panteão do trovão. Habita as águas revoltas do oceano. Sempre que acontece um naufrágio é ela, junto com Vodum Sayo, que tenta salvar os náufragos. Considerada uma das mais velhas mães do mar. Noche Abê é considerada a palmatória do mundo, cabe a ela sempre mostrar as verdades e não deixar que essas sumam nas águas, dizem os antigos que o ditado “A verdade sempre anda sobre as águas, nunca afunda, um dia ela aparecerá na praia” foi dito por Abê. Conhecedora de alta magia.
AGBE AFEFE (abé afêfê) - Vodum guerreira dos ventos, brisas, tufões, tempestades, também ligada ao reino dos mortos. Suas cores variam do marrom escuro ao coral. Sua saudação é “Abe mi awo” (abé mi auô). Pertence a linhagem de Gunoko.
AGBE DOSU (abé dôssû) - Vodum guerreira da linhagem de Gunokô. Ligada ao reino dos mortos.
AGBE GELEDE (abé geledê) - Vodum guerreira que habita o reino dos mortos. Usa roupa branca. Suas contas variam do marrom escuro ao coral. Usam também uma conta feita só de búzios. Sua saudação é “Abe mi ge Abagan Gelede” (abé mi gê abágam gêlêdê). Pertence a linhagem de Gunoko.
AGBE HUNO (abé runô) - Vodum guerreira dos raios, fogo, grandes tempestades, tufões etc. Suas cores variam do marrom escuro ao coral. Sua saudação é “Abe mi awo” (abé mi auô). Pertence à linhagem de Gunoko.
AGBE WOUMBE (abe gelêdê uoumbê) - Vodum guerreira dos ventos, raios e dos mortos. Seu animal fetiche é o carneiro. Veste-se de marrom e coral. Sua saudação é “Abé mi ba zô Abagan”.
AGBEBAVI (agbebavi) - “Você compensa toda a vida que choramos”. Na cultura Ewe é um dos nomes dados no batismo às crianças cujos pais são muito pobres.
AGBOE (agbôê) – Vodum masculino do panteão do trovão, filho de Saho. Realiza tudo através de um talismã que preparou junto com seu pai. Dança com muito vigor, gira em torno de si mesmo e transforma–se na água que é o mar. Depois disso sai e pede a uma sacerdotisa que recolha água do mar, coloque em um pote e a esquente. O resultado disso é o huladje (sal).
AGBOGBODJI (agbôgbôdji) - Sakpata - Vodum que traz a doença elefantíase. Conta o mito que ele afoga as pessoas nos rios e faz seus corpos incharem.
AGBOME (abômê) - Nome original de Abomey.
AGBWE (abuê) - Vodum do panteão do trovão que habita nas águas oceânicas.
AGE (aguê) – Vodum caçador deus da mata Os animais estão sobre o seu controle. Durante as cerimônias para Age (aguê), seus vodunsis ficam empoleirados nos galhos das árvores onde o Vodum se manifesta. Sua louvação é “houshe Age mi”. Creio que seja o mesmo Otolu conhecido no Brasil.
AGLOSUNTO (aglôssuntó) - Sakpata - Vodum mensageiro de Da Sindji. Portador de todas as doenças.
AGOEN (agôêm) – Vodum filho de Saho, reina na areia branca que cobre o chão.
AGOHINSI (agôrrinsi) – Benção usada pelos iniciados nos Voduns da família Davice, também chamados de Mejitó.
AGASUNOM (agassunom) - Grande sacerdote de Agasu
AGOLI (agôli) – Casa do Togan, onde funcionava a alfândega, os tribunais de primeira instância, onde se reunia o conselho de aldeias e hospedava os dignatário estrangeiros.
AGONIS (agônís) - Uma das tribos que compõem o Jeje
AGOSA (agôssa) - Nome dado à criança caçula de uma família se for uma menina.
A-GO-SI (agôssi) – Termo para chamar as Voduns femininas ou interpelar espíritos femininos
AGOSIVI (agôssivi) - Nome dado à criança caçula de uma família se for uma menina.
AGOSU (agôssu) - Nome dado à criança caçula de uma família se for um menino.
AGOUE (agôuê) - Vodum masculino dos rios, lagos, lagoas e mar. Gosta da cor amarela entremeada com azul marinho e verde. Usa uma faca pequena na cintura e um arpão nas mãos. Quando o arco-íris toca no mar, diz-se que Agoue está nos braços de sua amada.
AGOYE (agôiê) - Deus dos conselhos. Seu templo é na cidade de Ouidah, onde existe um escultura ou assentamento desse Vodum, sentado em cima de uma espécie de cálice confeccionado em barro vermelho. Entre o cálice e a escultura existe um pano, também em vermelho. Sua garganta é decorada com um colar feito de pedras tingidas de escarlate e 4 cauris pendurados. Na cabeça, leva uma coroa de plumas vermelhas que representam a primavera da vida, entremeada de oito lagartos presos pelo rabo, representando seu poder e sabedoria. No centro da coroa, no ponto denominado “morra”, ergue-se uma haste de metal em forma de seta, onde podemos observar uma pequena lua crescente e um lagarto, ambos também de prata. À frente da imagem, existem três pequenos potes, onde, acreditamos, seus adeptos depositam presentes, como moedas, em troca de bons conselhos.
A-GO-VI (agôvi) – Termo para chamar as crianças ou interpelar espíritos infantis.
AGU-ASU (agu-assu) - Vodum caçador de Adjahuto, muito cultuado em Abomey.
AGU-E (agu-ê) - Vodum feminina do panteão da terra que habita sobre as águas oceânicas. Muito afetuosa, está sempre atenta às necessidades alimentares do homem e os ajuda a prover sua mesa, usando sua arma principal que é uma adam (rede de pesca). Muito afeiçoada ao Vodum Agoue.
AGUE-GBENU (agué bênú) – Vodum masculino, guerreiro das cidades lacustres do Benin. A tradição oral conta que foi Ele quem liderou o povo que se refugiaram nas águas e pântanos de Ganvie/Dahomey (os toffinus).
AGU-MAGA (agúmagá) - O mesmo que opele-ifa. Tabuleiro feito de madeira onde são esculpidos os símbolos de Fá, usado para leitura de oráculo.
Agwe (agüé) - Vodum masculino que habita o oceano, protetor das embarcações, patrono dos marinheiros. Marido da Vodum Ezili.
AGWESAN (agüêssam) - Cordão comprido feito de tecido fino onde é estampado o brasão da família. Usado pelas mulheres como uma identificação familiar, também chamado de awesan.
AHANBAM (arrambam) _ Ritual feito pelas Tobosis na quarta-feira de cinza.
AHIAN-MWEN-ORO (arriam-muêm-ôlô) - “Pássaro da profecia” ou “Mensageiro de Deus”. A escultura desse pássaro pertenceu ao rei Glele que o associou à Cultura Edo ou Bo, onde são preparados os futuros bokonos e os curandeiros. Glele foi um dos escolhidos para ser iniciado na ciência da adivinhação devido à sua sensibilidade em premonições. Glele previu todas as derrotas e vitórias de seu exército e recebeu de seu Vodum, que era Gu, ordem de fazer a imagem do pássaro.
AHUANGA (arruanga) - Vodum masculino muito velho e grande feiticeiro do panteão do trovão, filho de Saho. Em um salto transforma–se em fogo para proteger seus adeptos e queimar seus inimigos, depois disso desaparece numa moringa. Tudo que é seu é enterrado.
AIDO WEDO – Deus do Arco-íris
AKATI AKPELE KENDO (acati-Apêlê-Quendô) – Vodum Ferreiro divinizado. Foi escravo de Abomey, capturado na cidade de Mahi onde nasceu. Responsável por muitas obras de arte dos palácios reais.
AKAZUN (acazum) – Uma das filhas mais velhas de Mawu. Guardiã do armazém e do tesouro de sua mãe. Também conhecida como Ayzun
AKELE (aquêlé) - Vodum masculino do panteão do trovão. É quem puxa as águas do mar para o céu e a transforma-as em chuva.
AKHADWARE (acradualê) - Cerimônia de purificação da alma. Muito usado pelos Ashanti após doenças, para apaziguar matéria e espírito.
AKHELELE ( acrêlêlê) – Vodum toqüeno da linhagem de Agué.
AKHOLONGBE (acrolombé) - Vodum masculino do panteão do trovão. Ataca os inimigos ou castiga o homem enviando granizo e fazendo os rios transbordarem. É Ele quem controla a temperatura do mundo. Quando está calmo e satisfeito, ajuda o homem dando-lhe bons movimentos financeiros. Também conhecido como Akhonbe-so (acrombé-sô). Akolombê (acôlômbê).
AKIDAVI (aquidavi) - Existem três tipos de akidavis: o primeiro é D’ele, que é uma vareta longa, cortada angularmente, e que normalmente, é usada com os tambores menores ou posicionados entre as pernas com o couro para frente e a ressonância para trás; o segundo é o D’humpi que são as varetas arredondadas, normalmente tiradas de árvores sagradas como a gameleira branca, baobá ou árvore de cola, que são utilizadas com diversos diâmetros para os tambores de médio a grande porte; o terceiro, o D’Avenin, são varetas com a ponta curvada e que são tocadas com os tambores cujo couros estão em ambos os lados [um lado representa o djenunkon (céu) e o outro a aikunguman (terra). Segundo os velhos bokonos o grande tambor é tocado com par de D’avenin tirado da árvore sagrada do kwe, especialmente feitos por vodunsis virgens.
AKIDEZAN (aquidêzan) – Preceito feito pelos vodunsis durante a feitura de uma ahama.
AKLASU (aclassû) - Sakpata – Vodum encarregado da decomposição do corpo físico dos mortos (homem e animal). Conta o mito que esse Vodum transforma-se em um abutre e “come” os mortos.
AKOKI-AKOKA (acôqui-acocá) - Termo ou louvação para chamar os Voduns das águas.
AKOMFO (acônfô) - Sacerdote de Vodum (Fanti-Ashanti)
AKOSINIKABA (acôssinicaba) - Vodum Dan, pai de Azanador. Também conhecido como Acoisinacaba. (Jeje Brasil)
AKOTOKWEM (acôtôqüêm) Vodum Dan e considerado pai de muitos Dans. Também conhecido como Totoqüem
AKOVODOUN (aço-vodum) - Vodum divinizado ancestral fundador de uma tribo
AKPADUME (apadumé) – “Rainha das Guerreiras”. Título atribuído a comandante das ahosis que eram as amazonas do exército de Dahomey.
AKPAGAN (apagam) – chefe dos curandeiros.
AKUTO (acutô) – Dança de Sakpata na qual os sapatassis formam uma espécie de círculo, voltados para o centro.
AKUTUTOS (eguns) - não constituem um beko para esses Voduns, mas eles também não gostam muitos dos mesmo. Quando é necessária a presença de um deles para afastar esses espíritos, se fazem presente e com muita energia os afugentam.
AKWE INIE (acue-iniê) – Braceletes e tornezeleiras feitos de buzios usados pelos iniciados no Vodum Lisa Agbogbo Loko.
ALADA-SADONOU (alada sadônô) – Ramagem que deu origem aos reis de Porto Novo.
ALADAXONU (alada-rônu) - Descendentes de Adjahuto que migraram para Abomey
ALÁFIA (alafia) - Vodum masculino. Seu templo é na cidade de Gnezedzekope. Aprecia muito o obi que são espetados em sua espada, com a qual ele combate os feitiços de seus adeptos, purificando-os. O cão é um animal muito importante para esse Vodum. E a “alma do cão” que transmite as mensagens de seus adeptos quando ultrapassa a outro mundo para destruir as forças dos feitiços. No titual de iniciação de seus adeptos, um cachorro, após sacrificado é enterrado no templo, em pé, para que seu espírito acompanhe o iniciado, protegendo-o
ALANTAN LOKO (alântam-locô) - Vodum da linhagem do Vodum Loko
ALASAN (alassam) – Vodum masculino. divinizado do panteão do trovão. Ensinou aos homens o culto de Heviosso.
ALAWE (aláuê) – Guardião de Lisa. Vodum masculino, velho. Junto com seu irmão Wele guarda as chaves dos tesouros e depósitos de Lisa.
ALINIAKU (alínicu) – A morte pelas armas de Gu.
ALISUGBOGUKLE (alissú-bôguclê) – Um dos nomes como Gu é conhecido; significa “caminhos fechado que Gu abre”.
ALODOTANUMÊTO (aló-dô-ta-nu-mêtô) - Aquele que coloca as mãos na cabeça para dar a vida
ALOGBWE (alôbuê) - Sakpata – Filho de Nyohuewe Ananu e Korosu, sobrinho de Dazodji. É o toqueno da família, é um tohousu. Tem muitas mãos, é o guardião de todas as riquezas e estradas. Conta o mito que com uma mão segura uma lâmpada e afasta a escuridão, com a outra concede ao homem o poder de conhecer seu caminho, com uma terceira mão dá a riqueza àqueles que a merecem, com uma quarta abre a porta de onde saem as doenças, com uma quinta prende os homens que devem ser presos. Conhece todos os seres da floresta, bem como os peixes. Depois de seus pais é o mais rico do grupo.
ALOKPE (alôpê) - Vodum Sakpata que pertence ao grupos dos tohossou.
AMA (âmâ) - Couve, mostarda e toda a variedade de folhas e ervas, folhagem, pétala de flor. Designa de maneira geral as misturas de elementos vegetais, animais e minerais usados pela Sociedade do Bo para a fabricação de fórmulas curativas. Exemplo: Amakantinhun (amá-cam-tim-rum) - ama = folha + kantin = animal + hun = sangue (folha + sangue de animal).
ANABIOKO (anabiôcô) - Vodum feminina responsável pela estruturação física do homem. Dona da argila, da lama e dos pântanos. (Mesmo que Nanã Buluku).
ANAGONU (anagônú) – Denominação dada as Agamasi após completarem seis meses de iniciadas.
ANAHUNO (anarrûnó) - Cargo masculino dado ao ogam responsável pelos nahunos (sacrifícios de animais). Não pode ser dado a um vodunsi.
AOUANGA (a-ôu-angá) - Vodum masculino do panteão do trovão, irmão de Aveheketi. Habita as lagunas marinhas. Suas águas engolem os ladrões.
APARADA (aparadá) - Sakpata - Vodum que mora nos formigueiros. Pune os homens errados, se tranformando em formiga vermelha atacando-os. Anda sempre ao lado de seu irmão Azauani.
AGOMAKPLWE (agômapluê) - Mês de março, mês de nenhuma união. O mês é assim denominado por ser um mês de muitas chuvas no Benin. Somente após esta temporada é que se iniciam as plantações. Neste mês, o povo trabalha muito preparando a terra, não há tempo nem para as suas esposas.
ARARA (arará) - Ou Ararás - Nome de nação Jeje em Cuba. Deriva da palavra Fon Arada ou Arda,
que era o nome de uma cidade de Allada.
ARKRON (al-clôm) – Bairro de Porto Novo onde se localiza o templo de Avesan.
ASEN (assem) – “Objeto de adoração” ou “Altar de antepassado”. O Asem é preparado com um objeto pessoal do morto (em geral é usado o calebase de beber) que recebe uma base de metal que fica fingada a terra.
ASASE (assassê) - Deusa da criação dos homens e receptadora dos mesmos na morte. Cultura Ashanti.
ASA XASA (assa-rasa) - Expressão usada pelos Fons para dizer o número de espirais contidas na grande Serpente que equilibra o mundo. Para eles o grande Dan tem 3.500 espirais.
ASIN (assim) – Espécie de altar metálico fixado na terra, onde é cultuado o Vodum Gu, em Ouidah.
ASOGWE (assôgüê) - Chocalho feito com uma cabaça usado para louvar ou chamar os Voduns.
ASON (assôm) - Chocalho sagrado dos Voduns, feito da cabaça e da coluna vertebral da cobra.
ASUFOS (assufós) - Soldados Ashanti, muito temidos por sua ferocidade. Na guerra pintavam seus rostos com figuras de demônios assustadores.
ATAKPAME (atapamê) - Cidade de Togo onde habitam o povo Ewe, Por volta do séc XVIII, o povo Ewe uniu-se ao povo Ashanti, Guan e Ga.
ATANLOKO (atânlocô) – Vodum da linhagem do Vodum Loko.
ATCHAKO (atchacô) - Dança ritualística dos adeptos do Vodum Hounvé ou Hon. Executada no final da iniciação e em grandes cerimônias do Vodum.
ATI (atí) – Bastão que mede cerca de dois metros, consagrada a Vodum Nana e aos seus adeptos nas peregrinações. Aqueles que não voltarem da peregrinação com este batão é porque morreu e não têm direito de realizar seu funeral, pois foi castigo.
ATIMEVU (atímevu) - Sogo, krobota, kaga e kidi - São os tambores feitos com couro de antílope e tocados com akidavis. O sofo e o kidi têm uma base de madeira que produz um tom distinto, fazendo um jogo com o kaga. Quando todos os cinco tambores são tocados juntos, o atimevu, que é o tambor mestre, fica inclinado sobre uma base por ser muito alto. Esses tambores são usados pelo povo Ewe nos rituais de Vodum.
ATIN-BODUN (atim bôdum) - Vodum que tem a forma de diversas árvores. Sua morada é nas artes cerânicas como por exemplo, uma panela vermelha com vários orifícios, enterrada no chão e emborcada, com o fundo aparecendo, em um pequeno degrau de terra, aos pés de um arbusto ou árvore nova, que cresça na porta de uma casa. Seu culto consiste na fé em seu poder de curar as doenças sobretudo a febre em oferendas de água derramada no pote. Patrono de todos os remédios e médicos. Considera–se que qualquer árvore de grande porte é habitada por esse Vodum, especialmente o hon (cincho) e a gameleira.
ATORI (atôli) – Vara, haste simbólica de Nana que representa seus filhos mortos e os ancestrais.
ATSIA (atsia) – Tambor grande básico, faz conjunto com o Sogo e o Kidi. De som consistente, tocado sempre com as mãos. Seu fundo é fechado.
ATSIMEVU (atissimevu) - Tambores estreitos e muito altos. Com sons diferentes, que produz o ritmo kaganu, pode ser tocado com as mãos ou com varas chamadas Atsimeu.
AUANGA (auangá) - Vodum masculino do panteão do trovão, irmão de Avehekete. Habita as lagunas marinhas. Suas águas engolem os ladrões. São muitos os Voduns desse panteão.
AVEHEKETE (avêrêquétê) - Vodum masculino do panteão do trovão,muito agitado, habita a arrebentação marinha. Ele é o mensageiro que leva os recados de seu pai, Vodum Hou, às divindades marítimas e aos homens. Costuma roubas as chaves de sua mãe Vodum Naeté para da-las aos homens. Esse Vodum é também conhecido como Aveheketi.
AVEJI DA (avêjidá) – Deusa dos ventos e tempestades. Todas as Voduns do panteão dessa deusa são conhecidas por esse nome, inclusive Oya em território daomeano.
AVESAN (avessam) - Guerreira do panteão de Aveji Da, mas conhecida em Porto Novo capital do Benin como “ Ya Avesan” . Seria a mesma Oya. Alguns autores acreditam que a palavra Yansã é uma corruptela de Ya Avesan.
AVESU (avêssu) - Um dos nomes do rei Tegbesu
AVALU (avalú) – Ritmo de saudação dos Voduns da família de Heviosso.
AVALUNO (avalunô) - Invocação de Loko
AVIMADJE (avimajiê) - Sakpata - Vodum ligados aos Tohousus encarregado dos mortos da família Sakpata. No Brasil é conhecido como Avimage, Avinage.
AWESAN (auêssam) - Cordão comprido feito de tecido fino onde é estampado o brazão da família. Usados pelas mulheres como uma identificação familiar, também chamado de Agwesan.
AXWANGAN (arruangam) - Vodum guerreiro dos oceanos. Por ser muito ambicioso e praticar o mal, foi expulso do reino de Hun e passou a viver junto com Legba.
AYABA (ai abá) – Filha de Mawu e Lisa. É uma divindade do lar, cuida dos alimen-tos dos seres humanos. É a filha mais jovem.
AYIDO-HOWEDO (aiidô rouedô) – Conjunto de panos coloridos que o grande Deus supremo sacode no céu para secar, formando o arco–íris e invocando Dan Wedo.
AYI VODUN (aí-vodum) - Vodum da terra. Expressão usada para definir os Voduns do panteão da terra. Sakpata é o principal deles.
AYIZAN (aiizam) - Vodum muito antiga, originária de Allada. É o montículo de terra em cima do qual se coloca uma jarra com pequenos orifícios, rodeada por franjas de folhas de azan (dendezeiro). Guardiã, senhora do mercado, protetora da cidade, dona da terra. É considerada a ancestral do mundo, a Gaia (a terra). Tradicionalmente, todos os recém-nascidos e os jovens noivos são levados ao mercado para receberem as bênçãos de Ayizan, pois se acredita que terão muito boa-sorte.
AZAN (azã) Franjas de folha de palmeira desfiadas, denominadas mariwo pelos yorubas. A presença dessas franjas acima de uma porta ou de um lado ao outro, na entrada de um caminho, basta por sua presença, para evocar e afastar as más influências.
AYZUN (aízum) - Uma das filhas mais velhas de Mawu. Vodum guardiã do armazém e tesouro de sua mãe. Também conhecida como Akazun
AZIHI (aziri) - Vodum das águas doces que muito se assemelha ao Orixa Oxum. Deusa do amor e da riqueza. Desempenha um papel essencial dentro da familia e da sociedade humana. Essa Vodum é muito confundida com a Vodum Azihi-Tobosi (aziri-tobossi) que habita o alto mar e é a protetora de todas as embarcações que navegam no oceano. Carrega uma espada e um ezuzu. Com o ezuzu ela cega os inimigos e monstros que tentam assaltar as embarcações, com a espada ela os mata.
AZILE (azilê) - Vodum velho da família de Sakpata, irmao de Akosi. Ligado àas pestes. Também conhecido como: Azila, Exili.
AZONDOTO (azon-dôtô) - Sacerdotes produtores e cultivadores de ervas. Possuem todo o conhecimento e segredo das ervas, animais, metais e outros produtos da natureza usados em magia e na cura de doenças.
AZZIZA (aziza) espírito mais antigo da floresta; foi quem ensinou a Legba os primeiros usos das ervas sagradas. A alma das árvores dá a magia aos homens e é associado ao culto dos antepassados.
BABATEMI (babatemi) - Denominação dada aos homens que têm cargo de sacerdotes (pai de santo) após sua passagem de yao para um grau superior, sete anos após a iniciação. (Jeje Brasil).
BAHON SAMEDI (barom Samêdi) - Guardião da sepultura. Grande feiticeiro da vida e da morte. É considerado membro da família de Ghede (Haiti).
BESU (bêssu) - Vodum feminina do panteão do trovão e de Aveji-Da.
BISALO (bi-saló) – Louvação ao Vodum Zakar, cuja resposta é “Lo (ló)”.
BLA (blá) - Bairro em Savalou, terra do Sapakta Agbosu;
BO (bó) – Sociedade reservada a alguns iniciados denominados Boto que fabricam gris-gris (glis-glis) – Fórmulas mágicas e medicinais usadas em todo o Benin. Essa prática vem atraindo a atenção de muitos pesquisadores, tais como: antropólogos, cientistas, me-dicos, sociólogos e religiosos. Foi tema de discussão no XX Congresso Mundial de Filosofia e Antropologia realizado na Universidade do Benin em 1974. O BO foi definitos por esses congressita como uma prática esotérica que controla a vida do africano em geral, principalmente a dos Fons no Benin. Anuletos e talismãs também são definidos como gris-gris, assim como os ingredientes usados para a confecção dos mesmos.
BODJRO (bó-djlô) - “Energia do Bo”. Nome ou cargo dado aos inciados na ciência do Bô de acordo com seu tempo de iniciado e de aprendizado
BOGBEMEDEA (bóg bêmêdêá) - “O Bo não recusa ninguém”. Nome ou cargo dado aos inciados na ciência do Bô de acordo com seu tempo de iniciado e de aprendizado
BOGNYKO (bóg-nicô) – “O Bo existe”. Nome ou cargo dado aos inciados na ciência do Bô de acordo com seu tempo de iniciado e de aprendizado.
BOLOGIE (bó-lôgiê) – Ciência do Bo. Nome ou cargo dado aos inciados na ciência do Bô de acordo com seu tempo de iniciado e de aprendizado.
BOLOME (bo-lómê) - As mãos do Bo - Uma apologia às mãos de Deus. Para os integrantes da Sociedade do Bo, é Deus quem lhes dá o poder de criar fórmulas
BONBOHOMINA (bombôrômina) - Vodum semelhante a Vodum Yewa, cultuada no Maranhão. Veste-se de coral e branco. É original do Dahomey e Togo.
BOSALABE (bôssalabê) - Vodum toqüeno, feminina da família de Dan, irmã gêmea de Bosuko, irmã de Yewa. Muito alegre e faceira, mora nas águas doces. Muito confundida com Oxum. Também conhecida como Vodum Bosa (bôssá).
BOSIKPON (bôssipom) - Vodum do rei Yahanze, derrotado por Akaba. Este Vodum é originário da região de Wawe. Pai dos gêmeos Akli e Dovo. Vodum cultuado no Brasil.
BOSO (bossô) – Pilares de bô, bastões que medem cerca de 50 cm de altura, pintados de branco e vermelho, fincados na entrada do templo de Sakpata como proteção mágica contra brigas e desordem.
BOSOMFO (bôsonfô) - Vodunsi assistente (masc./fem.) dos sacerdotes (Haiti)
BOSUKO – Vodun masciluno, Toqueno, gêmedo com Bosa
BOSUM (bossum) - Forma como são chamados os Voduns e Orixás na cultura Akan, Fanti Ashanti
BOTIN (bó Tim) – O Bo existe. Nome ou cargo dado aos inciados na ciência do Bô de acordo com seu tempo de iniciado e de aprendizado.
BOTO (bôtô) – Neófito da Sociedade do Bo.
BOTRO (bôtlô) - Dança em que as mulheres dançam sozinhas, uma após a outra, com passos reservados.
BOUROUKOU-ASOKO (bôuloucou assôcô) - Principal Vodum do panteão de Nanã
BOWATO (bó-uató) – Cliente do Bo – Pessoa que consulta e usa as fórmulas do Bo ou que consulta seus oráculos.
BUGUN (bugum) - Festa em hora dos antepassados do povo ashanti. Bugun pode ser traduzido como fogo. Em volta de uma enorme fogueira o povo recita os nomes de seus antepassados atirando pedrinhas na fogueira
BUKU (bucú) - Assistente de Nanã e Sakpata que mata os doentes infectados pela varíola. “Toma conta e presta conta” do comportamento moral das pessoas durante os cultos de Nanã e Sakpata.
BUKUTO (bucutô) – Pessoa que já realizou a peregrinação da Vodum Nana e vai participar mais vezes.
BUNZI WOYO (bunzi-uôiô) – Vodum feminina da chuva. Se apresenta em forma de arco-iris ou de uma serpente colorida. Invocada para trazer as chuvas que fertilizam a terra e ajudam a lavoura. Muito cultuada no Zaire.
CHAKATOU (tchacatou) – “Fuzil invisível” – Formula do Bo para curar doenças graves onde existe infecções, seria o correspondente aos antibióticos alopatas.
CHASEUR OGOU - (tchasseul-ôgôu) - Dança popular que descreve a astúcia, a coragem e a bravura dos caçadores.
CHONU (tchônu) - Sakpata - Vodum que dá ao homem a impotência sexual quando esse comete o incesto.
DA AGBOKU (da abôcu) - Sakpata - Vodum que fertiliza os campos
DA GU DA (dá Gu dá) - Expressão usada para dizer: Gu tomará minhas dores, Que Gu tome conta de você, Gu fará justiça.
DA LANGA (dálânga) - Sakpata – Vodum caçador. Filho mais velho de Nyohuewe Ananu
DA SINDJI (dassindji) – Sakpata – Vodum que vigia a água potável.
DA TOKPO (datôkpô) - Sakpata - Vodum que vigia a água e a terra.
DABOSI AO (dabôssi-aó) - Bênção usada pelos iniciados nos Voduns da família Hevioso ou Orixá Shango, quando se dirije a pessoas feitas de outras famílias de Vodum (Brasil).
Dada (dada) – Termo pelo qual o Vodum Besen (bêssem) é louvado. A coroa de Besen é chamada de Coroa de Dada.
DADA KPODJITO (dada quipodjitô) - Nome dado pelo povo de Adja Tado, as crianças nascidas do leopardo, reis descendentes do leopardo. Estas crianças eram muito temidas por todos.
DADA SÊGBO (dada-sebô) “ O princípio da existência, se referindo a Mawu
DAJIKAN (dagicam) - Um dos nomes de Gbadé (Haiti)
DAGOMBA (dagômba) - Cidade localizada ao noroeste de Ghana. Um dos povos que habitam esta cidade são os Ashantes
DAGOUN (dagoum) - Vodum cultuado no Benin.
DAGOUN (dágoun) – Vodum da família de Dan. Era o vodum do chacha Felix de Souza. É cultuado e adorado até os dias de hoje por seus descendentes. Considerado um Vodum brasileiro.
DAHOMEY (dahomei) - Barriga de Dan, terra da serpente sagrada
DAIDAH (daídar) – Vodum feminina da família de Dan pouco encontrado no Brasil, conhecida como “Cobra–Mãe”. Essa Vodum não pode ser feita em mais de duas pessoas num mesmo país. Os velhos vodunos contam que essa Vodum é originaria da Palestina. Em uma outra versão encontrei Daidah como Lilith, a primeira mulher de Adão.
DALSAS (dalsas) - Pulseiras feitas de búzios e corais usadas pelas Tobosys (Brasil)
DAMBALA – esposa de Aido-wedo. Seu reflexo na água.
DAN XELE (danrêlê) – Miniatura de serpente feita de ferro que fica no altar de Gu.
DANHOUN (danroum) – Dança ritualística executada pelos adeptos do vodum Dan no fim de uma iniciação e nas grandes cerimônias desse vodum.
DAN-KO (dancô) - Vodum da família de Dan, muito ligada e, por vezes confundida, como Oxalá. Conhecida no Brasil como Dan Inkó.
DANVE (danvê) - Floresta sagrada de Dan que fica localizada em Adja.
DAZODJE (dázôdjê) e NYOHUEWE ANANU (niôrruêuê ananú) – São voduns gêmeos e habitam nas riquezas depositadas no fundo do mar e são considerados os Voduns da Riqueza. Não são feitos na cabeça de ninguém.
DENZU (denzú) - Vodum das águas, uma das mais antigas do Dahomey. Traz riqueza, conhecimento e transformação espiritual
DESANIM (dêssanim) - Cerimônia funeral que separa as partes que compõem a alma da pessoa e força de vida e o Vodum, para que cada um siga seu destino. Nesta cerimônia é revelado quem será o herdeiro do Vodum.
DIELEU (diêlêú) - Arma de Sobo, um símbolo de Sobo.
DJAB (djábê) – “Espírito Selvagem” cultuado no Haiti. Trata-se de uma entidade agressiva que é invocada para resolver problemas graves em troca de sacrifícios de animais e oferendas. As pessoas que o cultuam fazem uma incisão no corpo em forma de um tridente, são feiticeiros temidos pelo povo. A palavra djab vem do francês diable que significa atormentar.
DJAGLI (djaglí) - Vodum protetor contra as feitiçarias. Usa uma poção mágica feita de milho, óleo de palma e ervas secretas; esfrega-se em seus seguidores para mantê-los com seus corpos livres dos feitiços. Esse Vodum requer cuidados especiais para desincorporar.
DJAKATA-SO (djacatásô) - Vodum do panteão do trovão, filho de Sobo. Muito forte, em sua ira arranca as árvores e as joga sobre os inimigos e aldeias. Defende seus filhos mesmo que eles estejam errados, só não podem errar com ele.
DJASI (djassi) - Elixir fortificante feito com farinha de milho, óleo de palma e ervas sagradas que os vodunsis filhos de Djagli passam em seu corpos, fazendo-os tão poderosos e bravos como o deus guerreiro. Passado no corpo dos adeptos para facilitar o transe ou para que os vodunsis tenham um contato mais íntimo com seu Vodum.
DJEDJE (jeje) é uma palavra de origem Yorubá que significa estrangeiro, forasteiro e estranho; que recebeu uma conotação pejorativa como “inimigo”, por parte dos povos conquistados pelos reis de Dahomey e seu exército. Quando os conquistadores eram avistados pelos nativos de uma aldeia, muitos gritavam dando o alarme “Pou okan, djedje hum wa!” (olhem, os jejes estão chegando!). Quando os primeiros daomeanos chegaram ao Brasil como escravos, aqueles que já estavam aqui reconheceram o inimigo e gritaram “Pou okan, djedje hum wa!”; e assim ficou conhecido o culto dos Voduns no Brasil “nação Jeje”.
DJETOVI (djêtovi) - Tribo situada na cidade de Mahi/Benin. Segundo minhas pesquisas, o Vodum DJI (dji) - Vodum do ar, vento e chuvas. Também conhecido como Vodum Djó
DJISO (djisô) do panteão do trovão já era cultudo nessa tribo no séc. XIII a.C., antes da chegda de Hevioso.
DJISO (djisô) - Vodum do panteão do trovão, patrono da tribo Djetovi. Muitos historiadores o associa a Hevioso ou Xangô.
DJO (djó) - Vodum Jó, como é mais conhecida no Brasil. É a sexta filha nascida de Mawu-Lisa, ela representa o ar, a atmosfera. É a renovação do ar que respiramos. Para alguns pesquisadores é uma divindade andrógena. Ora se apresenta como mulher hora como homem.
DO NON DE KA ME (dô-nôm-decá-mê) – Cerimônia realizada em Porto Novo. Consiste em oferendas de especiarias (comidas) oferecidas ao Vodunnon pelas famílias dos iniciados.
DOGAN (dôgan) - Pessoa responsável pela comida dos Voduns. Esse cargo pode ser ocupado tanto por uma ekeji como por um vodunsi
DOGBAHUM (dôbarrum) - Ritmo e dança dos Voduns do trovão. No Brasil dá-se o nome de hundose (rundossé). Essa dança é indescritível em sua beleza. Tanto os Voduns quando seus sacerdotes a executam mantendo um porte de nobreza.
DOGBOAWO (dobo-auô) - Grande povo, formado por pequenos grupos, hoje chamado Ewe, como os Anglos, Gus, Agus, entre outros, que se estabeleceram na cidade de Notsie, Togo, por volta do ano de 1600. Nome também dado à cidade que lá fundaram, atual Dukowo.
DOHOHO (dohohô) - Templo dos ancestrais de família. Cada família tem seu próprio dohoho, onde muitas vezes alguns desses ancestrais são divinizados.
DOHOZAN (dôrôzan) - Sequência de cantigas e louvores de Voduns durante a cerimônia pública (o mesmo que xirê para o povo Ketu).
DOLIKU (dôlicu) - Sakpata - Vodum que fertiliza os campos
DONE (doné) - Cargo dado às vodunsis filhas dos Voduns da família de Heviosso. Em cada axé só pode haver uma
DONUNSE (dônunse) – Matriarca de uma família de santo que já tem muitos netos, bisnetos, etc.
DOSUKPE (dôssûpê) - Vodum feminina das águas oceânicas
DOTE (doté) - Cargo dado aos vodunsis feitos de Voduns da família de Heviosso. Em cada axé só pode haver um.
DOTSE (dôtsê) - Vodum feminina irmã de Saho. Nasceu à noite e o irmão de manhã. Dotse tinha um olho em um lado da terra e Saho no outro lado. Considerados os Voduns que olham o mundo. Panteão do trovão, habita o mar.
DOUSOUOU-AN (dôussôu-ôu-âm) - Assistente do Kpakpa
DU SU MON MAJETO (dussú-mom-majêtó) - “Odu nos defende dos inimigos” - Nome do assentamento ou divindade que é plantado na porteira do palácio do rei
DUKA (ducá) Cerimônia que antecede a principal refeição dos vodunsis em uma ahama
DUME (dumê) – Aldeia a noroeste de Abomey, onde esta situado o templo da Vodum Nana pois esse era o lugar onde residia Nana quando veio construir o mundo.
EDOGBO (edôgbô) - Um dos nomes do Vodum Zomadonu.
EKIDI (êquidí) - Bolo de fubá cozido no vapor, enrolado em folha de mamona, usado somente para a Oya e suas filhas.
ENEKPE (ênêpê) - Guardiã do destino. Esta Vodum, quando viu sua tribo perdendo em uma batalha, se ofereceu como sacrifício para a conservação de seu povo. Foi enterrada viva no campo de batalhas e sua tribo foi preservada.
ENON KPE VODUN NUYE (ênom kpê Vodum nûiê) – “bebe o vodum” – Nome dado ao ato de tomar hunbe, no Benin.
EPE EKPE (êpê êpê) - Cerimônia realizada com uma grande festa onde os Fons comemoram a passagem do ano. A cerimônia é dedicada ao vodum Gê.
ERZULIE (erzúliê) - Vodum feminina que habita o reino abissal (a terra do fundo do mar), pertence ao panteão da terra. É considerada a mãe de Agué e Olokwe. Essa Vodum também é conhecida como Erzulie-Dantor, poderosa conhecedora da alta magia. Dizem os bokonos que ela se assemelha a Netuno, pois está sempre tentando levar toda a humanidade para habitar o oceano. Ela diz que todos os humanos têm a capacidade dos anfíbios e que todos se originaram do fundo do mar. Alguns acreditam que é um Vodum andrógino.
ESUBO (êssubó) - “Purificação” - Sumo de ervas maceradas misturadas com água cristalina, usado na cerimônia intitulada Akradware (purificação da alma). Muito usado pelos Ashanti após doenças, para apaziguar matéria e espírito. Esse banho é dado na pessoa usando a folha da Adwera como recipiente tanto para pegar a água que comporá o esubo, quanto para dar o banho na pessoa.
ETALA (êtála) - Vodum feminina da família de Agué. Conhecedora dos mistérios das folhas.
EWAWA (êua-ua) – Oráculo usado na sociedade do Edo, cujo os curandeiros são denominados Obo e o adivinho bokono. O ewawa consiste em uma cabaça com miniaturas de metal de homens, mulheres, animais e outros objetos, búzios e pedaços de giz branco. O bokono agita a cabaça com todo esse material dentro e vai olhando e lendo o oráculo. A base de estudo da sociedade do Edo são as forças inerentes das folhas.
EWE (êuê) – Povo originário do reino de Oyo que no século XIII (1300) migraram para a cidade de Ketou no Dahomey, fugindo das constantes guerras e da perseguição dos sacerdotes. Eles estabeleceram sua própria identidade como um grupo e batizaram a cidade de Ketou como Amedzofe (origem do mundo) ou Mawufe (casa de Deus). No princípio do século XIV (1400) os Ewe se viram acuados novamente por inúmeros ataques do exército de Oyo e resolveram dividir-se em dois grupos. O primeiro moveu-se para Tado em 1450 e o segundo permaneceu em Ketou, fugindo mais tarde também para Tado onde permaneceram pouco tempo, indo para Notsu em 1600. região central de Tado.
EWUARE (eúualê) - Título dado a Gu pelos sacerdotes de Dahomey. Significa “é a calma” ou “a confusão terminou”. Antes de receber esse título, Gu havia provocado várias desordens na cidade e era considerado um grande mágico, viajante e guerreiro. Foi também muito poderoso, corajoso e sutil.
EZI-AKUR (ezi-acul) - Deusa da serpente. Vodum muito adorada no norte da Nigéria como uma grande mãe. Tem a forma de uma sereia, delicada e fascinante. Também é manifesta em forma de serpente. Tanto é vista como uma idosa entristecida, quanto sendo aquela que lutou no astral para libertação dos povos que a cultuam. Por sua força de luta é considerada uma grande guerreira. Historicamente, contam que esta Vodum lutou no exército real do Dahomey como amazona.
EZILI (ezili) - Vodum feminina, deusa do amor. Ela é a beleza, a doçura, o amor e a senxualidade personificada. A dança é seu principal dominio. Rios, corregos, lagos e cascatas são seus habitat. Cura doenças de útero com água fria de suas moradas. Gosta de jóias, riquezas, roupas bonitas e perfumes. É personificada como uma cobra d’água. Usa três alianças representando seus três maridos: Dan, Agwe (agu-é) e Gu.
FAEN (faêm) - Vodum da visão celestial e do oráculo divinatório. Filho de Fa.
FAKA (faca) - Termo de origem Fanti Ashanti que designa objeto cortante. Foi introduzida no vocabulário portugues com a vinda dos escravos para o Brasil, com o mesmo significado.
Fanti-Ashanti (fantiaxchanti) - Negros da Costa do Ouro, em alguns lugares designa todos os negros sudaneses.
FAWI MISAI (fauí-missai) - Intermediário que trouxe, acompanhado de Kosu Huzeme, Sakpata, para Abomey.
FHEKENDA (frêquênda) - Vodum da família da Dan, guardiã do sol. O arco-íris que aparece circundando o sol onde é sua morada. No Brasil é mais conhecida como Frekwen (frêgüêm)
FHEKWEN (frêqüêm) - Vodum Dan feminina, guardiã do arco-íris em volta do sol.
FIO (fiô) - Machado de lâmina dupla ou simples pertencente a Hevioso.
GAMEJO (gamêjô) - Colar feito de algodão vermelho entremeado com quatro búzios, usado no pescoço dos iniciados no vodum Lisa Agbogbo Loko
GANKUTO (gancútó) – Cargo masculino do culto de akututo (egungum) e rituais fúnebres. Não pode ser dado a um vodunsi.
GBADE (badé) – Vodum masculino do panteão do trovão. Jovem, guerreiro, brigão, implicante, muito barulhento. Adora beber e quando o faz arruma bastante confusão deixando todos atordoados. Adora esconder as coisas (pertences) e se diverte em ver as pessoas procurando. No trovão ouve-se sua voz gritando para que os homens consertem o que está errado. Sua morada são os vulcões
GBADESI (badéssi) - Pessoas consagradas a Badé
GBADU (gbadu) - Deusa do destino, da morte, da destruição. Filha de Mawu. Abranda os sofrimentos
GBÊDOTO (bêdôtô) - “O princípio da vida”, se referindo a Mawu
GBENBO (bêmbô) – Vodum filho de Saho, panteão do trovão, habita ora o mar, ora a terra. Gordo e forte, transforma–se em pantera, quando vai para a terra.
GBENKO (bêncó) –- Vodum masculino do panteão do trovão, também conhecido como O Tigre
GBETO (gbetó) - Eram os guerreiros das mulheres de Dahomey. Lutaram como uma unidade militar e serviram como os caçadores do rei. Estes soldados de “Amazon” serviram nos séculos XVIII e XIX. Lutaram de encontro ao Oyo e ao francês.
GBEYONGBO (bêyõbô) - Vodum masculino do panteão do trovão, deus da arrebentação do mar.
GBOSU ZOHON (bôssu zôrrõ) - Sakpata - Vodum guardião do portal que separa o mundo dos vivos e dos mortos. Tambem conhecido como Bozuhon (bôzurrõ). Filho de Nyohuewe Ananu, irmão gemeo de Aglosunto (aglôssuntó).
GBWESU (gbuêssú) - Vodum feminina do panteão do trovão, filha de Sobo. Fica sempre ao lado de sua mãe no horizonte de onde apenas pode-se ouvir sua voz. A calma é sua principal característica.
GE (gê) - Filho de Mawu-Lisa, este Vodum é um dos deuses da lua. Também considerado a divindade dos camaleões. Conta-se que foi Ge quem enviou estas criaturas como ajudantes para os seres humanos expandirem a crença nos Voduns.
GEDE (gêdê) – Vodum masculino do panteão do trovão. Depois das cerimônias carrega os restos dos outros Voduns.
GELEDE (geledê) - Sociedade secreta da cultura do Dahomey, onde os ancestrais são cultuados. Em suas comemorações, esses ancestrais materializam-se dentro de roupas próprias e conversam com seus adeptos. Cada um desses ancestrais está ligado à um Vodum.
Mawu Ghana (gana) - Localidade no Dahomey onde Hwandjele (ruanjêlê) assentou
GLEHOUE (glêrrouê) – Antigo nome de Ouidah.
GLIAGE (gliagê) – Floresta sagrada de Vodum Age onde fica seu templo. Também conhecida como Gliagi.
GLO (glô) – Dança ritualística específica do Vodum Thon (tlon).
GLOSUZONYO (glôssuzôniô) - Sakpata -Vigia os campos
GOHEJI (gôrêji) - Vodum jovem muito alegre e falante, feminina , habita no encontro das águas das lagoas com o mar. Essa Vodum gosta muito de passear pelas lagoas e lagos misturando-se com os patos d'água em seu bailado e fica muito aborrecida se algum caçador mata ou fere uma dessas aves. Pertence ao panteão da terra. Quando Goreji resolve passear em águas oceânicas, os cavalos marinhos que a adoram ficam ao seu dispor para transpor-tá-la e passear com ela. Em seu assentamento podemos colocar bonecas co-loridas e outros brinquedos de menina.
GONGON VODUN (gongom vodum) - “Vodum é secreto”. Expressão muito usada pelos sacerdotes de Vodum.
GONOFO (gônôfô) – Uma das metamorfoses de Zomadonu, a grande ave que come os peixes. “O grande pássaro branco” .
GORENTO (gôrrêntó) - “Regimento de guerreiros especiais”. Também chamados de Mman esses guerreiros e amazonas formavam no exército do Dahomey regimento especial do rei, que lutavam com espada, lanças mortíferas e arco e flecha. Esse regimento participou de batalhas contra os invasores franceses e somente pararam a luta quando o rei foi capturado pelos inimigos. Em seus uniformes usavam a imagem de um crocodilo que simbolizava o poder do rei.
GRA (grá) - Estado de torpor do Vodum em sua primeira fase de feitura.
GU APOLEKAN (gu-apôlêcam) - Vodum que auxiliara Gu Badagri. Ele transforma o ferro em ferramentas que serão utilizadas na terra.
GU BADAGRI (gu-badáglí) - É o Vodum que forja o ferro transformando-o em ferramentas e armas destinadas aos Voduns guerreiros do panteão de Gu.
GUBASA (gubássá) - Obedecendo às ordens de seu Vodum, que era Gu, o rei Glele (1858) mandou seus ferreiros fazerem uma arma que Gu batizou de Gubasa (Gu golpeia e mata), com a qual venceu muitas batalhas. A Gubasa tem a forma de uma cimitarra de lâmina larga, cortante e contundente que corta e golpeia, unida a um punho curto por um blabla (anel de metal). Em sua lâmina são esculpidos: um círculo, dois losangos, dois triângulos e uma inscrição. O círculo com os losangos refletem a ancestralidade de Gu, os triângulos representam a súplica dos homens o “azan yiyi, mi do ra mi”, que é a súplica do homem para que Gu nunca use o gubasa contra ele. O losango inferior e o triângulo oposto representam o poder de Gu nas batalhas e a inscrição é a súplica dos homens a Gu. Nos templos de Voduns, esses símbolos são feitos no chão com pó sagrado, perto de Gu, quando a região está em guerra, para pedir a vitória.
GUNAB (gunabê) - Vodum considerado, por alguma razao desconhecida, uma força do mal. Alguns dizem que ele foi o criador do arco-íris. O escuro e o quartzo de rocha são sua morada.
GUNDAME (gundámê) - Primeira-ministra do rei, responsável pelas amazonas
GUNKO (guncô) – Esposa do gumbonde.
GUNO (gunô) – Pessoas do culto Jeje de Mina
GUNOKÔ (gunakô) - Vodum masculino, dos ventos, memória e passado. Deu origem à linhagem de algumas Voduns guerreiras que em muito se assemelham à Oya. Ligado a feitiçarias. “Feiticeiro negro, divindade da floresta”. Significa fantasma e só aparece uma vez por ano ou quando é invocado.
HENNOUVODOUN (renôvôdum) - Vodum divinizado ancestral fundador de uma família
HENRI KIKI (enriquiqui) - Sacerdote responsável pelo templo do Vodum Abesan, localizado na cidade de Porto Novo.
HENSUE (rensuê) – Sacerdote auxiliar do culto de egum.
HEVIOSO (reviossô) – Vodum masculino, chefe da família do panteão do trovao .Seus raios rasgam os céus acom-panhados dos trovões, destruindo cidades inteiras e fulminando os inimigos. Dizem os Hunos (runôs) que é preciso oferecer sacrifícios a divindade do trovão para aplacar sua fúria. Ele odeia ladrões e malfeitores e os mata. Quando está, satisfeito, Hevioso dá a chuva e o calor que tornam férteis a terra e o homem.
HEVIOSOSI (reviôssôssi) - Maneira como são denomidos os Voduns pertencente à família de Hevioso
HLUNON (clunom) - Sacerdote dos Voduns Huala (Voduns cultuados na parte litorânea do Dahomey)
HOHO (rôrô) - Fetiche dos gêmeos que protegem os seres excepcionais. Não têm esposas. O assentamento dos Hoho assemelha-se a dois fornilhos de cachimbos ligados um ao outro, e um utensílio de ferro, denominado asen. Consiste em dois pequenos cones de ferro atados a uma vareta de ferro, com seis centímetros de comprimento. Os Hoho vieram de Zoun. Entidade protetora e responsável pelos que provem do zoun (vide zoun); gêmeos
HONDON (rôndôm) - Vodum pessoal, companheiro oculto de cada indivíduo, sempre disposto a alguma malícia ou às piores maldades, mas deixa apiedar-se por orações e sacrifícios. Mora no umbigo. Também chamado Hone Singa, chefe da cólera.
HOODOO (rôodu) - Sociedade similar as que existem no Benin (Sociedade do Bo) e Ghana (Sociedade Jou-Jou), A sociedade hoodoo é um lugar onde pessoas são preparadas para ler oráculos e fazer fórmulas mágicas usando elementos da flora, da fauna e do mineral. Hoje, muitos dos que praticam hoodoo não são adoradores de Voduns, mas continuam acreditando que para curar as doenças têm que afastar os espíritos negativos que as provoca.
HOUANDJILE (rouândjilê) - Chefe de tribo em Adja
HOU (rôu) - Vodum masculino do panteão do trovão casado com Naetê, pai de Avehekete, trindade muito cultuada e honrada nos templos do Trovão. Sua morada são as volutas bramantes das ondas que arrebentam no litoral do Dahomey.
HOUELOUSOU-DA (rouêloussou) - Esposa de Da, uma das divindades principais da criação e sabedoria
HOUESINON (rôuêssinom) – Sacerdote de Sakpata.
HOUGAN (rôugam) - Dança da nobreza do palácio real de Abomey e do Palácio de Porto Novo
HOUNSO (rônssó) - Ajudante do Vodounnon; dança carregando nos ombros os animais que serão sacrificados. Durante essa dança entra em transe com seu Vodum que termina o ritual depositando os animais no local do sacrifício - Creio que o termo Hunso (runssó) que designa o cargo de mãe pequena nos candomblés Jeje no Brasil, tenha sido derivado desse.
HUBO-NO (rumbônô) – Mestre dos anuletos, aquele que detem os segredos de vodum.
HUEDA (ruêdá) - Primeiros habitantes de Ouidah, também se escreve Whaidah
HUENU (ruenu) – Uma das esposas do rei Tegbessou.
HULAS (rulas) - “Povo vindo do mar”, povo vindo da cidade litorânea Hula, próxima a Aja.
HUMDEME (rundêmê) - Quarto sagrado onde os iniciados ficam reclusos para iniciação em Voduns. Local onde somente pessoas iniciadas no culto podem ter acesso, mesmo assim, com autorização do Vodum chefe da casa ou sua sacerdotisa.
HUMFORT (runforte) - Templo dos Voduns no Haiti
HUNDEVA (rundêvá) - Sacerdote responsável pelas cerimonias de nahunos.
HUNGAN (rungâm) -Tambor tocado nas cerimônias de Sakpata, junto com outros dois tambores respectivamente Hunwi e Apesi.
HUNHÓ (runhó) - Vodunsi filho de Sobo
HUN-KPAME (rum-opamê) – Ou Vodum Kpame – Templo de Vodum no Benin, mas conhecido como conventos. São considerados a “escola da vida”. Os iniciados são aceitos nesses conventos e ficam o tempo que se fizer necessário para a sua iniciação e aprendizagem. Esses templos são muito grandes e abrigam uma comunidade de sacerdotes, sacerdotisas e iniciados. Na época dos reis conquistadores de Dahomey era o nome dado a fotaleza militar que circundava a casa real e a vila onde estava localizado o palácio. No Brasil é usado para designar casas de santo estabelecidas em grandes terras como sítios e fazendas onde a vegetação é abundante.
HU-NON (rúnom) – O grande deus oceânico, considerado o maior de todos os Voduns. Pertence ao panteão do trovão.
HUNNOM (runom) O mais alto posto de sacerdote nos templos de Vodum no Benin.
HUNO (runô) - Cargo semelhante ao ogam Rundevá
HUNSENEVI (rumsenevi) – Sacerdote responsável pelo atabaque Hum. Cabe a ele também receber as visitas no barracão.
HUNSI (runsi) – Vodum mulher.
HUNSO (runsô) - Sacerdote que junto com a Nagbo é responsável pela disciplina do iniciado. No Brasil significa mãe pequena.
HUNTIO (huntiô) – Vodum da morte.
HWEVE (ruêvê) - Sakpata - Vodum que distribui a luz do sol aos cereais
HWIYO (rú-i-ió) – Sacerdote do Vodum Achinakpon.
IJO (ijô) - Vodum guerreira da linhagem de Gunoko. Muito ligada aos deuses do trovão.
IJYKUN (ijicum) – Vodum Dam, feminina Mora nas enseadas. Muito confundida com Yewa
ISANGRENA (isam-glênâ) - Nome de uma das bruxas cultuadas pelo povo Fon
JEHOSU (djerrôsu) - “Senhor das chagas”, se referindo a Sakpata
JIVODUM (dji-vodum) - Termo usado para se referir aos Voduns das chuvas, tempes-tades, relâmpagos e trovões.
JOGBANA (jôgbana) - Sacerdote assistente do bokono que faz a leitura dos kpolis dos Favis
JOGOROBOSU (djôgôrobossu) - Vodum filho de Zomadonu. Também conhecido como Apogê.
JOTO (djôtô) - Alma ancestral que assiste, acompanha e ajuda uma criança a nascer e em toda sua vida, na realização de seu destino aqui na terra.
JOU-JOU (djoudjou) - Sociedade secreta dos curandeiros e adivinhos da região de Ghana, cuja patrona é Nanã Akonedi, divindade da justiça e da cura.
KOKOU (côcou) - Vodum guerreiro protetor contra as feitiçarias. Com um único abraço ele tira os feitiços alem de devolver a força e o vigor aos seus adeptos. Usa saiote confeccionado com palha da costa, peito nu cheio de brajas. A tradição oral diz que Kokou no passado garantiu a proteção nos combates e vitória nas batalhas. A cada três anos acontece um festival chamado Kokuzahn, onde seus adeptos o homenageiam durante sete dias. Todos os pesquisadores que tiveram oportunidade de presenciar o transe de Kokou em seus vodunis, são unânimes em descrevê-lo como muito violento e impressionante. Alguns afirmam que os vodunsis em transe ficam com um força anormal e fazem coisas, como por exemplo, colar uma faca em braza na boca e não se queimarem. Kokou também é conhecido como Koku, Kouko, Koukou e Kokun.
KOKRE (côcrê) - Adorno religioso, identificador da iniciação das Tobosys, semelhante ao kele, colar de miçangas curto, justo ao pescoço como uma gargantilha, usado pelas Tobosys e pelas gonjai durante o ano da feitoria, e cujas cores variam com as divindades - todos os segmentos Jeje adotaram esse termo para seus keles.
KOKUZAHN (cocuzarn) – Grande festa realizada de três em três anos em Ghana e Togo para homenagear o Vodum Kokou.
KOLÊ (colê) – Vodum masculino do panteão de Vodum Age.
KALX (calr) - Pó branco feito com resíduo de calcário (restos orgânicos de conchas e coral) e patchuli. Usado para traçar os símbolos vevés. Mais conhecido pelos africanos como Fun (Ewe/Fon) e pelos brasileiros como Efun
KASU-KASU (cassucassu) – Vodum guerreiro do panteão do trovão que defende as aldeias e ou casas de santo onde é cultuado. Os inimigos têm pavor de Kasu. Dizem que quando em luta ele cospe fogo sobre os inimigos. Quando em guerras, Kasu coloca-se a frente da aldeia e ou casa de santo e abre seus braços criando assim um obstáculo que impede os inimigos de atacar. A tradução de seu nome é barreira
KASAKA (cassacá) – Árvore cujas folhas é usada para preparar o bolo branco cozido - O cipó que nasce nessa planta é usado para amarrar e moldar esse bolo já na folha. Esse bolo é conhecido no Brasil como acaça .
KANZO (canzô) – Cerimônia de iniciação do fogo, onde um vodunsi recebe o grau de sacerdote. Define o inicado como um membro da linhagem espiritual daquela casa. (Haiti)
KAYA-KAYA (caiá caiá) - Folhagem, cerimônia da cultura Mahi.
KELEDJEGBE (quêlêdjêgbê) - Sakpata - Vodum Guerreiro, muito cultuado em Allada e Ouidah
KETOU (quetou) - Cidade no atual Benin, para onde o povo Ewe/Fon migrou, oriundos de Oyo, há aproxima-damente 500 anos. O povo Ewe/Fon considera Ketou sua verdadeira origem. Chamam-na Amedzofe, significando a origem da humanidade, ou Mawufe, signi-ficando a casa do Ser Supremo, todo-poderoso, criador do Universo.
KIDI (quidi) - Tambor médio, básico, faz conjunto com o Sogo e o Atsia, de som consistente. É tocado sempre com as mãos. Seu fundo fechado.
KLEDJO (clêdjô) - Sakpata - guardião das Cidades, protegendo-as de todos os males
KNOUHOW (nôurou) – Máscara gelede que representa o símbolo da sabedoria e equilíbrio feninino.
KOGOHI (côgili) - Principal instrumento musical do povo Lobi, norte de Ghana. Semelhante ao balafon
KOHOSU - (côrrôssu) - Um dos nomes do gêmeo Nyohwe Ananu
KOLANUESEN (colanuêssêm) - Poção mágica feita com obi, sangue de animais sacrificados e pós mágicos usados nos adeptos. Sempre preparado pelo Huno, que a coloca no corpo dos adeptos cantando versos mágicos.
KOLLIER (coliêr) - Colar tipo gargantilha dado ao iniciado durante o ritual de feitura (Ashanti).
KONU (cônu) – Cerimônia onde se bebe o vinho de palma. Para o povo Fon, beber o vinha de palma tem suas regras e tradições. Nesta cerimônia os partici-pantes sentam em círculo e um recipiente contendo o vinho é colocado no centro. O ancião mais velho faz todo o ritual necessário e somente após sua auto-rização todos poderão beber. Primeiros são servidos os mais velhos. Essa cerimônia também é conhecida como Miawo Konu (miâuô conu) que significa “costume tradicional” “cerimonia”.
KOSIO (côssiô) - “Esposa de Hevioso”. Sacerdotisas de Hevioso
KOUTOVE (coutôvê) – Floresta sagrada do Kouto (reencarnação)
KOUWA KOUWA (coua coua) - Termo para ser tido no momento da passagem à porta da morte.
KOUWA-KOUWA (couua-couua) - Cerimônia ou reza feita na hora da morte. “Okouwo kouwa, genou waze manti a, e genou wase kouwa-kouwa, genou waze-genou waze manti a la” = “Que a porta da morte esteja aberta para você, que kouwa-kouwa lhe conduza ao reino dos mortos. Entre, a porta da morte está aberta para você”.
KOZOE (cozôê) - Amigo de Adjahuto em suas guerras. Traindo o amigo com o povo de adja, foi batizado por Adjahuto de Adanukozoe hunto, que significa: um homem de Adja que mate Kozoe.
KPADADA (kpádada) - Vodum feminina do família dos Sakpatas.
KPANLINGAN (kpá-lim-gam) - “Contadores de Histórias” - Os Kpaligans eram nomeados pelos reis para memorizar todas as epopéias do reino, desde as suas primeiras migrações. Toda manhã era obrigação dele contar as histórias do reino para os descendentes reais e para algumas pessoas que não eram descendentes diretos, mas eram nomeadas pelo rei. Essa tradição oral era transmitida de geração a geração. Essa função só podia ser ocupada pelos filhos ou irmãos dos reis. Os segredos ritualísticos do rei eram conhecidos somente pelo Kpanlingan mais velho que só os transmitia ao seu sucessor na ocasião de sua morte. Os segredos de cultos aos Voduns reais eram e ainda são guardados a “sete chaves” no palácio. Com a evolução sócia cultural do Dahomey, atual Benin, os atuais Kpanlingans passaram a transmitir as historias do reino a pesquisadores do novo mundo, o que possibilitou as atuais literaturas sobre a cultura e culto dos Voduns.
KPASE (kpassé) - Segundo rei de Ouidah; após a derrota de seu exército, quando Ouidah foi invadida pelos soldados do rei Ghezo de Damey, Kpase, que era filho de Dan, se refugiou em uma grande e frondosa floresta para não ser capturado. Todas as vezes que Ghezo e seus soldados tentavam entrar na floresta para capturar Kpase, apareciam milhares de serpentes Siba (espécie de serpente venenosa que mede de 8 a 12 metros) que os atacavam. Temendo o castigo que Dan Howedo poderia enviar-lhes, os soldados recuavam. Depois que a paz foi reestabelecida, Kpase mandou erguer três templos dentro dessa floresta para Dan, e construiu um totem que representa a cidade de Ouidah até os dias atuais. Hoje essa floresta é cercada e detém o maior templo de Dan em toda a África; foi batizada com o nome “A Floresta sagrada de Kpase”.
KPE VODUN (kpê Vodum) – Vodum da pedra ou pedra do vodum.
KPELU (capêlû) – Vodum Tohossu gemeo de Ahuangan Soho. Suas mãos eram asas e ele voou para o céu.
KPESOSO (quipêssôssô) - Cerimônia da Mami Wata
KPODZEIMO (pôzê-imô) - Cerimônia de batismo, realizada em Ghana no oitavo dia de vida da criança. É realizada ao ar livre na hora em que o sol está mais quente. O oficiante levanta a criança com suas mãos em direção ao sol e profere orações para que a criança e sua mãe tenham um bom destino.
KPOLI AGUMAGA (kpoli-agumagá) - Ou simplesmente Agumaga - Oráculo de AFA (Ifa) usado em Ghana. Consiste em duas correntes dobradas ao meio com quatro concavidades em cada lado, feitas com nós de cola. O conjunto de caídas de posições dessas concavidades formam o kpoli que será lido pelo bokono.
KPOSI (kpôssi) – “Esposa de leopardo” – Cargo feminino semelhante a ekeji usados em alguns segmentos Jeje no Brasil. Traduzindo a palavra na integra teremos: kposi = esposa de leopardo. A partícula LE colocada no final do substantivo, forma o plural, então teremos kposile = esposas de leopardo.
KPOVI (kpovi) - Crianças do leopardo
KPOVITO (kpô-vitó) - Crianças que tem descendência de leopardo.
KUANDE (cuandê) - Rainha do Dahomey, esposa do rei Akaba, mãe de Zomadonu.
KUNDE (cundê) - Vodum caçador muito velho cultuado em Ghana, principalmente pelos Ashantis. Adora kola (obi), come também: cachorro, galinha. Ajuda seus seguidores a vencer inimigos, a ter sucesso nos negocios, na educação, fertilidade e casamento. Defende seus adeptos de bruxas e feitiçarias. Seu maior eko (proibição) e a carne de porco.
KUNTE (cûntê) – Vodum feminina do panteão do trovão e da deusa Aveji Da.
LAMBI (lam-bi) - Concha aberta, usada como um chifre musical. De som inconfundível, esta concha emana delicados e agradáveis melodias nas cerimônias dedicadas a Agwe.
LAYELU (láiêlú) - Vodum da linhagem de Agué.
LEBANON (leba-non) - Vodum Legba
LEGBA (leba) - Deus das encruzilhadas, protetor das casas, mulheres e crianças. É o intermediário entre os deuses e os humanos, emitindo todas as mensagens.
LEGBA AGHAMASA (leba agramassá) – Vodum Legba masculino, reina nos portais da morte onde reside Nanã Buruku.
LÉLÉLOKO (lêlê-locô) – Vodum da linhagem do Vodum Loko.
LINGLESU (linglêssu) – Vodum masculino ligado as bruxas. Quando um sacerdote quer castigar um iniciado ou alguém, recorre a ele.
LISA (lissá) - Vodum ligado ao sol
LISA AGBAJU (lissa abâjû) – Filho de Lisa e Mawu, portador das mensagens dos pais.
LISA AIZU (lissa-aizu) - Portador das mensagens de Mawu aos homens. Veste branco.
LISA AKAZUN (lissa akazum) – Filho de Lisa, portador das mensagens do pai. Veste branco.
LISA GANMAN (lissa gamam) - Filho de Mawu-Lisa. Vodum velho, veste-se de branco.
LISA GWÈGWÈ (lissa güêgüê) - Filho de Lisa, tão genioso quanto o pai, jovem e guerreiro. Veste branco com detalhes azuis.
LISA LAKAYA (lissa-lacaiá) - Vodum jovem da linhagem de Lisa, veste branco.
LISA LUMEJI (lissa lumeji) - Filho de Lisa que vive abaixo da terra. Veste branco e usa muito metal.
LISA MOLU (lissa môlû) - Filho de Lisa e Mawu que procura as coisas perdidas. Veste branco.
LISA WETE (lissa uêtê) – Filho de Lisa e Mawu, é um Tohousu coberto de espinhas (acnes). Não é feito na cabeça de ninguém.
LISA-WELE (ruêlê) - Vodum masculino, velho. Detém as chaves dos tesouros e depósitos de Lisa. Veste branco com detalhes coloridos.
LOKOZOUN (locôzôm) – Vodum da linhagem do Vodum Loko.
LOKOSI (locossi) - Vodunsis iniciadas no Vodum Loko
LUIZA MAHIN (Luiza marrin) - Guerreira africana que teve um importante participação na Revolta dos Malês, em Salvador/BA. Sua residência servia de quartel general de diversas revoltas negras. Alguns historiadores acreditam que Luiza foi deportada para a Benin/África. Ela é a mãe do poeta e abolicionista Luiz da Gama. Em 09 de março de 1985 o nome dessa grande mulher foi dado a uma praça pública no bairro Cruz das Almas no Estado de São Paulo.
MAGBA (mabá) - Sakpata - Vodum que cuida das mulheres e concede filhos àquelas que os merecem.
MAMAM BRIGITTE (mama brigite) - Entidade feminina que junto com Baron Samedi reinam nos cemitérios. Ao se entrar em um cemitério, saúda-se Mama Brigitte na primeira sepultura feminina e seu local preferido é o cruzeiro. Essa entidade incorpora nas mambos em dias especiais, dentro do cemitério e, após receber sacrifícios, faz previsões. Os animais oferecidos à Mama Brigitte após sacrificados são doados a pedintes ou pessoas pobres (Haiti).
MAMI WATA (mamiata) - “Mãe das Águas” - Divindades muito lendárias e populares da cosmologia africana ocidental. São descritas, normalmente, como uma sereia de beleza excepcional ou de uma serpente que transcende a compreensão humana. Moderam nos rios e são igualmente vistas nas extremidades do arco-íris após uma chuva torrencial ou em um dia agradável ensolarado, com os raios de sol refletindo nas pedras dos rios. Todos os deuses sejam eles Voduns ou Orixás do que moderam nos rios são assim denominados pelos adeptos de Mami-Wata
MAMAISII (mãmãissii) - Sacerdotisa, sacerdote de Mami Wata
MARASA (marassá) – Gêmeos sagrados, considerados o equilíbrio. (Haiti)
Markesha (malquechá) – Pó para afastar egum ou qualquer espírito ruim usado pelo povo Fon. Ingredientes: calculo biliar de girafa, chifre de antílope moído, pele de cobra seca e moída, pedacinhos de testículos de hyena e leão torrados e moído, almisca e a primenira urina do dia de uma virgem
MAU (maú) - Lua, um dos nomes de Mawu
MAU-NOOU (mau-nô-ou) – Mau, minha mãe, se referindo a Mawu.
MAWU-LISA! - Salve os criadores do Mundo, venham receber nossas oferendas, nos abençoe, somos seus filhos. - Mawu ga Sogbolisa, kiti kata adonu wo to amesi wo asi wo afo (mauu gá, sôbôlissa, quiti cata adônú uôtô, amêssi uô assi uô afô)
MAWU-LISA (mau-lissá) - Deus andrógeno que dirige todos os panteões. Mawu é atribuída à lua e Lisa ao sol
MAWU WE FAZ VODUN E (mau uê faz Vodum ê) – “Mawu está entre nós” – Mawu enviou os Voduns para o representar junto aos homens.
MAWUFE (mavúfé) - A casa do Ser supremo, criador do Universo. O povo Ewe/Fon, considera esta cidade, originariamente Ketou, para onde por volta do ano 1500, oriundos do reino de Oyo, sua verdadeira origem.
MAWUHUE (mavúrruê) – A casa de Mawu.
MAWUKA (mavuca) - Pessoas que vivem na região de Mawu.
MAWUKAN (mauucam) - Língua falada na terra de Mawu
MEDJE (mêdjé) – Vodum irmão e Assistente do Vodum Loko.
MEGITO (megitó) - Vodunsis da família de Dan
MEHU (mêrru) - Segundo ministro do rei. Responsável pelos dignatários e comerciantes. Cabia a ele também, tomar conta das mulheres do rei e seus filhos, assim como arranjar os casamentos desses.
MESE SOGBO (mêssê-sôbô) – “A Grande Mãe”. Nome que os adoradores de Sogbo e Hevioso dão a Nanã Buruku.
MIGAN (migam) - Primeiro-ministro do rei, chefe das forças armadas e do serviço de inteligência. Responsável por toda a parte jurídica. Tinha total autonomia sobre os prisioneiros de guerra, podendo inclusive usá-los para serviços pessoais. Era responsável também pela cerimônia anual realizada em homenagem aos antepassados reais. Nessa cerimônia sacrificava os prisioneiros líderes das cidades e aldeias conquistadas em homenagem aos reis mortos. Antes de consumar o sacrifício, todos iam ao ouvido do prisioneiro e mandavam recados para seus antepassados e os reis mortos. O povo o chamava de carrasco do reino.
MINAZON (minazom) – Sacerdote auxiliar do Senevi.
MININIKO (mininicô) – Comida feita com buchada de cabrito oferecida a todos os Voduns.
MINOMA (minôma) – Deusa da polaridade, vida e morte. – Vodum feminina considerada a protetora das mulheres do Benin. É ela quem dá a fertilidade as mulheres e aos campos. É dona de todas as sementes e em especial a semente contida no caroço do dendezeiro. Sentada em seu trono, suas coxas exageradas enfatiza a fertilidade e docilidade dessa Vodum. Segunda a tradição oral, ela teria sido uma amazona do exercito de Dahomey. Alguns a comparam à Yamim Oshoronga. Somente as mulheres podem lhe prestar culto.
MLANMLAN (Milan-milam) - Evocações, louvações e saudações feitas de forma quase poética aos Voduns, à natureza e aos ancestrais. Uma espécie de oração que conta a história, a ancestralidade e os feitos dos Voduns. Quando recitamos um mlanmlan, podemos sentir o Vodum que está sendo invocado ou homenageado. Ao se recitar um mlanmlan invocando as forças da natureza, sentimos as energias vibrando sobre nós. Quando nasce uma criança, quando acontece um casamento etc; mlenmlen (plural de mlanmlan) são recitados invocando as forças dos deuses e da natureza para que esses recebam energias positivas e que caminhos prósperos lhes sejam garantidos. Quando recitamos um mlanmlan, fazemos uma “conexão” direta com forças e energias divinas que sentimos em nosso corpo físico e astral. Entramos em uma espécie de “viagem astral” onde podemos visualizar o mundo dos deuses.
MLENMLEN (mlêm-mlêm) – Plural de mlanmlan.
MLYOMLYO (melion-liô) - Um dos nomes de Sobo
MMAN O (mam ô) – “Regimento de guerreiros especiais”. Também chamados de gohento. Esses guerreiros e amazonas formavam no exército do Dahomey um regimento especial dos que lutavam com diversas armas (espada, lanças mortíferas e arco e flecha). Eles participaram de batalhas contra os invasores franceses e somente pararam a luta quando o rei foi capturado pelos inimigos. Em seus uniformes usavam a imagem de um crocodilo que simbolizava o poder do rei Behazin.
MMOETEA (môêtêá) – Aldeia de pigmeus que vivem nas florestas de Ghana. Formam uma sociedade secreta especializada no uso das ervas para diversos fins. Desenvolveram a capacidade de curar qual-quer doença física, mental e espiritual. Trabalham com os espíritos da natureza e seu maior deus é Nanã. Os espíritos da floresta deram aos Mmoeta o poder de ler a mente dos homens e dos animais. São grandes curandeiros e poderosos feiticeiros.
MOKELE-MBENBE (môquelem–bêmbê) - Animal mitolódico do tamanho de um elefante, um pescoço longo, um único chifre e uma enorme calda envolada que ataca as embarcações. Muito temido e respeitado em todo o Dahomey.
MON BU (mom-bú) - Vodum guerreira que causa as tempestades e chuvas torrenciais.
MUDOBI (mundubi) - Característica típica dos Voduns do panteão do trovão. Existe um pequeno segmento Jeje chamado Modumbi.
NA DJAN BO O (nâdjam-bó-ô) - Expressão usada pelos curandeiros do Bo para dizer: “estou fazendo fórmula” , “Vu faz gri-gris”
NAÊ AZIRI - Vodum das águas doces que muito se assemelha ao Orixá Oxum. Panteão da terra. Essa Vodum é muito confundida com a Vodum Azihi-Tobosi (aziri-tobossi) que habita o alto mar e é a protetora de todas as embarcações que navegam no oceano.
NAE (naê) – Maneira como são chamadas as Voduns femininas das águas. Uma alusão a Naite (naité) a matriarca dos Voduns.
NAE OHUALIN (naê ôrualim) - Vodum feminina das águas oceânicas, muito confundida como uma “qualidade” de Yewa, por fazer morada no encontro do oceano com o horizonte.
NAETE (naêtê) - Vodum feminina do panteão do trovão esposa do Vodum Hou,. Habita as águas calmas, antes da arrebentação.
NAGBO (nabo) – Sacerdotisa que junto com o Hunso é responsáve pela disciplina cos iniciados
NAITE (naité) - Vodum feminina, muito velha, considerada a Grande Mãe. Chamada carinhosamente de Vó Missam, é boa conselheira e muito respeitada por todos. Sua participação na criação do mundo foi muito marcante. Trouxe do céu para a terra a esteira (zan), cujo o simbolismo e uso nas cerimônias e cultos aos Voduns é importantissimo e indispensável. Seu principal simbolo é a lua e seu domínio a terra, os pantanos e o reino dos mortos. É ainda conhecida pelos nomes: Nana, Nana Buruku, Nana Burotoy, Nae e Anaité.
NANÃ ADADE KOFI (adadê côfi) – Vodum masculino, tem a função de proteger e defender todos os templos de Nanã. É um Vodum guerreiro, ligado ao ferro e outros metais. Cultuado em Ghana, Allada, Cotonou, Porto Novo, etc. É o Vodum da força e perseverança. Sua espada é usada pelos adeptos de Nanã, para prestarem juramentos de obediência, submissão e devoção a Grande Mãe.
NANÃ AKONEDI ABENA (nanan acônêdi abênan) – Vodum feminina jovem, cultuada em diversas partes da África. Seu principal templo fica em Later, cidade de Ghana. Quando Akonedi chega, ela percorre a vila, esconde-se em arbustos e sobe em telhados à procura de feitíços, feiticeiros e malfeitores. Atende os moradores locais, fazendo libações e curando os doentes. Em Ghana é considerada a Deusa da Justiça. Seu corpo é coberto com um pó branco sagrado, usa saia de palha, seu rosto é descoberto, na cabeça usa um torço, no corpo muitos brajás e nas mãos trás um feixe de lenha. Sua dança é selvagem e desenvolve-se dentro de um quadrado divino, dividido em outros quadrados me-nores feito com riscos do mesmo pó que cobre seu corpo. Esse conjunto de qua-drado também é usado por suas sacer-dotisas durante as danças. Seu assen-tamento fica em um buraco dentro da terra, ficando somente a tampa deste aparecendo. Os sacerdote e adeptos de Akonedi car-regam-na nos ombros numa espécie de desfile, para que todos possam admirar e louvar a grande deusa da Justiça. Terça-feira é o dia consagrado a essa Vodum. O Culto de Akonedi foi levado para alguns países, a pedido dos governantes desses. Quem levou o culto de Akonedi para o novo mundo foi a maior autoridade religiosa do culto, Nanã Oparebea Akua Okomfohemma, falecida em 1995.
NANÃ ASUO GYEBI (assuô giêbi) – Vodum masculino velho, que habita os rios. Muito popular em Ghana e tido como o protetor das crianças africanas que foram escra-vizadas. Esse Vodum pediu aos seus sa-cerdotes que o levasse para os países onde os africanos foram escravizados afim de que pudesse resgatar suas crianças. Ele já foi assentado em templos de Akonedi nos Estados Unidos e Canadá.
NANA BULUKU (nana bulucu) – Criou o mundo, mãe de Mawu-Lisa. Vodum da chuva e da lama, que deu origem à terra. A terra deve ser umedecida sempre seca e quente, a umidade e o frescor representam a paz e o equilíbrio. Colocar água sobre a terra, significa não só fecundá-la, mas também restituir-lhe seu “sangue” branco com o qual ela “alimenta” e propicia tudo que nasce e cresce e, em decorrência os pedido e rituais a serem realizados. Deitar a água é iniciar e propiciar um ciclo. Sua ligação com água e lama, associa Nana à agricultura, a fertilidade, aos grãos. Ela recebe em seu seio os mortos que permitem o renascimento.
NANÃ DENSU (nanan dênssú) - ou apenas Densu – Segundo os Fons esse Vodum é um deus andrógino e seria o lado macho ou marido de Buruku. É muito cultuado nos rituais de Mami Wata onde é considerado o maior de todos os deuses, os Fons o compara a Olokun. Muitos antropólogos têm atribuído erronêamente Densu a um deus hindu, devido seus fetíches e assen-tamentos apresentarem três cabeças. Esse Vodum é muito rico e farto. Costuma pré-sentear seus adeptos com suas riquezas. Não é feito na cabeça de ninguém
NANÃ ESI KETEWA (êssi quetêuá) – Vodum feminina muito velha, cultuada em Ghana, Cotonou e Allada. Dizem os mais velhos que essa Vodum morreu de parto e que por isso a missão dela é proteger e tratar as mulheres grávidas assim como seus filhos
NANÃ GADJU (nana gádjú) – outro nome de Mawu.
NANÃ OBO KWESI (obó cuêssi) – Vodum feminina guerreira, cultuada na região Fanti em Ghana. Protege e ajuda os kuhatô (pobres) e os azon (doentes). Detesta quem faz aze (bruxarias) ou qualquer mau a um ser humano.
NANÃ TEGAHE (têgarê) – Vodum feminina jovem, cultuada em Ghana. Tem o poder de tirar feitíços das pessoas e lugares. Tem grande conhecimento no uso terapêuticos e ritualísticos das ervas. Muito alegre e faceira, gosta de dançar e cantar, mas fica muito séria e aborrecida quando encontra malfeitores e ladrões; ela os mata.
NANÃ TONGO (tongô) – Vodum feminina, cultuada em Togo. Grande curandeira trata das pessoas com ervas, ebós e gri-gris. É uma grande Azeto (feiticeira) e seu culto talvez seja um dos mais complexo. Em seus nahunos (sacrifícios de bichos), os sacerdotes prostam-se no chão ao lado dos bichos mortos e finge estarem mortos também, assim permanecendo até que Nanã Tongo incorpore em um dos filhos e os ressuscite. Quando isso acontece. todos levantam com a ajuda de Tongo e suas sacerdotisas; os bicho são suspensos e levados para a cozinha, onde serão preparados. Nanã Tongo dança com muita alegria, vestida em suas roupas con-feccionadas com as peles dos bichos sacrificados para ela. Seus adeptos costumam presentea-la com muitas jóias, enfeites, roupas e talismãs que a agradam. Antes de começar os nahunos para essa Vodum, corujas são atadas às árvores. Em algumas regiões ela é conhecida como Nanã Wango.
NANÃ WANGO (nanã uângô) vide Nanã Tongo.
NAVIXE (navirrê) - Pessoa recem iniciada no ritual Jeje-minas, neófito, noviço.
NDEMBA (ndêmbá) - Sociedade secreta onde são cultuados os mistérios da morte e ressurreição. Os Voduns e Orixás que participam desse culto recebem na frente de seus nomes a palavra Ndemba (cultura Akam - Ashanti).
NEDJI (nêdji) – Vodum feminina das chuvas e tempestades Panteão do trovão e da deusa Aveji Da. É uma velha guerreira muito atenciosa e meiga com seus filhos. Aborrecida torna–se perigosa e castiga aqueles que erram, mas perdoa com facilidade. Muito adorada por Legba e Egungum que são seus seguidores.
NEOSUN (nêôssum) - Vodum caçador
NESUHUE (nêssúrruê) – Culto prestado aos príncipes e princesas da família real, também a certos ministros e dignitários da administração daometana, já falecidos.
NESUHUE (nêssurruê) - Sacerdotisas de Tohosu
NIFOSUSO (nifossussô) - Dança onde as mulheres desfilam uma ao lado da outra, da esquerda para a direita e vice-versa. Caminha lentamente decompondo os passos por meio de movimentos escandidos.
NINSOUHOUE (ninsourrouê) - Vodum cujo origem é relacionada à reencarnação dos reis, dos príncipes e dos antepassados reais. A adoração desse Vodum é relacionada a realeza, o que explica a majestuosidade de seu comportamento e de sua dança. Carrega sempre à mão um bastão grande e uma cauda de cavalo. De acordo com as exigências deste Vodum, as mulheres de seu culto, carregam à mão um bastão logo.
NODU (nôdu) - Uma das danças de Hevioso
NUDJE NUME (nudjê nûmê) - Sakpata – Vodum que paraliza a maldade dos seres humanos. Sempre que é possível ele corta os feitiços e as maldades feitas pelo homem para o homem.
NUKOHOMEHAM (núcô-rômê-râm) - Cantigas mordazes e satíricas cantadas em cerimônias para Sakpata. Sua forma sentenciosa dá conselhos aos assistentes (como o “repente” nordestino brasileiro).
NYAME (niamê) - Pai de Anansi, deu ao filho suas atribuições (vide Anansi). Foi Nyame que deu o sopro de vida ao primeiro homem.
NYANKONPON (niancompôm) - Deus do céu. Sua origem é a cidade de Kwaku-Ananse (cultura Ashanti)
NYANKOPON (nyancôpôm) - Deus Sol (Ashanti)
NYOHUWE ANANU (niôrruê-ananu) - Deusa da Riqueza, gêmea de Dazodji, filha de Mawu. Mãe de alguns Sakpatas. Esposa de Kohosu.
OBEAH (ôbêar) – Culto afro-caribenho, praticado nas ilhas da Jamaica, Bahamas e Tobogo. Obeahmem são os sacerdotes masculinos e obeahwomem são as sacerdotisas mulheres desse culto. Suas raízes são Ashanti com uma influência do Voodoo haitiano. Esse culto tem em comum com o Jeje brasileiro o “segredo”, o fato dos mais velhos não passarem seus conhecimentos vem diminuindo cada vez mais as casa de Obeah.
OBO (óbó) - Especialistas na leitura de vários tipos de oráculo. São os principais sacerdotes de combate a feitiçarias (o plural de Obo é Ebo).
OBOSUN (ôbôssum) - Maneira como o povo Akan chama os Voduns - plural de obosun é Abosun (Fanti-Ashanti)
ODOM (ôdôm) – Bolsa feita com pele de cabra não curtida, enfeitada com búzios, penas e sangue. Nessa bolsa são colocados os gris-gris venenoso e não venenoso que decidem uma questão de justiça. Quando duas pessoas brigam pela mesma “coisa” e recorrem a Nanã para saber quem tem razão, sua sacerdotisa pede um galo a cada um dos queixosos, quando esses animais chegam, esses gris-gris são oferecidos aos animais. O galo que comer o venenoso, o dono dele perde a causa. Além desses gri-gris, outros segredos de Nanã são guardados na Odom. A Odom fica sempre nos pés do assentamento de Nanã, nunca vai a público e não pode jamais ser tocada por homens. Pelo formato dessa bolsa, acreditamos que o ibiri e o xaxará usados no Brasil tenham sido inspirados nela.
ODUNSINI (odum-siní) – Sacerdote responsável pelo cultodas folhas. (fanti-Ashanti).
OGUDÁ (ôgudâ) - Obeogundá
OHOVE (orôvê) – Floresta sagrada onde se pratica o culto oro ou adra (sacrifícios).
OHUANAN (ôruânãm) - Vodum guerreira, filha de Bade. É a senhora do chuvisco, da chuva fina e da brisa. Bade a enviou à família Dambirá para que essa perpertuasse na terra o seu nome.
OJIKU – Vodun masculino, mora junto com Yewa na parte branca do Arco-íris e reina no arco-íris da lua também junto com Yewa.
OKONFO (ôconfô) – Iniciados no Vodum Nanã Akonedi. Após 3 anos de iniciado passam e ser chamados de Akonfo
OKUTA YANGI (ocutá iangi) - Pedra bruta de laterita que representa Legba.
OLOKWE-BUELE (oloqüê-buêlê) - Vodum caçador, bem selvagem que vive com Agué. Pertence ao grupo de Sakpata.
OLOWEDOKU (ôlôuêdôcu) - Vodum da fertilidade, cultuado em Ghana.
OLUADOXUN (ôlua-dôrrum) - Sacerdote que confirma a feitura dos iniciados em Vodum
OMAN (ômâm) - Ritual seguido pelos sacerdotes quando um Vodum é vitima de sacrilégio, profanação ou ofensas propositais. A duração desse ritual é de nove dias. O conselho percorre as ruas vêstidos de modo estranho, com folhas e ramagens, o rosto bensuntado de preto e branco, na cabeça, chapeus esbu-racados. Carregam cabaças rachadas, marmitas fumegantes e gaiolas de pássaros dentro das quais há sapatos velhos. Usam colares feitos com frutas murchas entremeadas com cascas de caracóis e carretéis velhos. Agitam porretes e entoam cantigas satíricas ou ameaçadoras dirigidas ao culpado. É necessário que esse venha a reconhecer a sua culpa, mostrar seu arrependimento e pagar uma pesada multa, para redimir sua má ação.
ONDO (ôndô) - Vodum titular da cidade de Pobe.
OSATINIKO (ossa-tinicô) - Vodum guerreira ligada a Legba. Panteão de Aveji Da.
OUIDAH (ouidar) – Também conhecida como Gléhoué (casa de campo), foi fundada pelo rei Kpasse. Foi o principal porto de enbarque de escravos.
OULISSA (oulissá) - Vodum masculino que habita as águas claras e frias do oceano. Esse Vodum é sempre muito confundido com Lisa (lissá). Veste branco com detalhes prateado ou dourado. É um Guerreiro dos Mares. Panteão da terra. Originário da cidade de Porto Novo.
OWEKEHO (ouêcurô) - Conjunto de quatro Zoun, que corresponde aos pontos cardeais. Cada um deles tem o seu bosque fechado em torno de Abomey.
PEDOME (pedômê) - O mesmo que pepelê; espécie de banco de madeira ou tronco de árvore onde se coloca os assentamentos dos Voduns;
PEJIGAN (pejigam) - Termo Jeje brasileiro, que designa o primeiro Ogam feito em uma casa de Jeje.
POPOS (pôpôs) - Uma das tribos que compõem o Jeje
PORTO NOVO – Atual capital do Benin. Foi assim batizada em 1730 devido a se assemelhar muito à cidade do Porto em Portugal.
SA (sá) - Ossá
SAELINDON (saêl indom) - A alma de Deus, a alma de Mawu
SAHAPOCÃ (sarapocam) - Cerimônia restrita a família de santo e a família genética de um iniciado, realizada no sétimo dia após o recolimento da ahama de vodunsis
SAHO (sarrô) - Vodum masculino irmão de Dotse. Nasceu de manhã e a irmã à noite. Saho tinha um olho em um lado da terra e Dotse no outro lado. Considerados os Voduns que olham o mundo. Panteão do trovão, habita o mar.
SAHODENO (sárrôdênô) – Aros rígidos, cobertos de miçangas, usados em torno do pescoço pelas sapatassis.
SAIN (saiim) - Vodum Saim, Vodum feminina do panteão de Aveji-Da. Mora junto com Gu, nas estradas.
SAKPATA (sapakta) - Deus da terra e da variola
SAKPATA (sapakta) - Dança ritualística executada em ritual específico, em que se implora clemência ao Vodum para que cesse a varíola.
SAKPATAVE (sapatávê) – Floresta sagrada de Sakpata, localizada em Adja.
SAKUMA (sacumâ) – Vodum masculino do panteão do Vodum Age
SAPATANON (sapátanõ) - Sacerdote do Vodum Sakpata
SASABONSAN (sassabonsam) - Figura lendária das florestas que assusta os caçadores (Ashanti)
SAVOU (savou) - Ritual de nahuno que sobrevem uma epidemia ou por motivos especialíssimos.
SAYO (saiô) - Vodum feminina do panteão do trovão, irmã de Avhekete. Habita as ondas do mar que fazem o nível do oceano subir. Considerada como uma sereia.
SE (sê) - Princípio universal da vida que nunca se apaga. Quando a morte chega, Se volta ao espaço cósmico. Se é o próprio Mawu (Deus) dentro de cada ser.
SEGBO-LISA (sebô-lissa) - Vodum criador do céu e da terra, responsável pelo destino humano. Carrega no pescoço buzios com
SEKPOLI (sekpoli) - Alma, a parte de Mawu que está em todos nós
SEM (sem) – Chacal considerado sagrado.
SEM ME NU (Sêmênu) – Digno de adoração” – Coisa venerável, se referindo a Vodum. “
SEMEDO (sêmêdô) - “Mestre do mundo”, atribuído aos reis
SENEVI (sênêvi) – Sacerdote responsável por todos os intrumentos musicais do templo. Cabe a ele confeccioná-los e mantê-los sempre aptos para uso. Essa tarefa ele divide com o Minazon.
SENTEHUA (sentêrrua) - Sacerdote não rodante similar a ekeji e ogans, auxiliam os Voduns quando esses estão em terra
SENYAKUPO (sênia-cupô) – Outro nome do Legba Hun Dantó
SETOYUN (sêtôim) - Maneira como são denominados os Voduns do trovão, por seus adoradores.
SHANKPANNA (chapanã) – Velho estropiado, coxo que se apóia em um bastão; aquele que corta e mata na estrada. Vodum do panteão de Sakpata. No Brasil é conhecido como Xapanã
SHE-MIN-GAN (chêmingâm) – Cargo político dado a uma esposa do rei que fosse no minimo mais velha que o Migam 20 anos. Cabia à ela tomar conta do Migan e garantir a fidelidade desse ao rei.
SIDAGAN (sidagam) - Palavra do dialeto Fon muito usada por várias culturas. Designa o cargo das sacerdotisas de Legba que têm como principal missão incitar a continuação da vida. Diz-se que uma Sidagan tem o poder de impedir a morte de uma pessoa.
SIDOGAN (sidôgam) - o mesmo que Sidagan.
SIHUN (sirrum) - tambor d’ água”. Instrumento de percussão usado em cerimônia fúnebre do mesmo nome. Consiste em meia cabaça invertida sobre um alguidar onde contem ingredientes mágicos adicionados a água. Toque executado com dois akidavis
SILOMI YAKPANGI (silômi iapangi) – Sakpata – é o Vodum que envia a morte ao homens. Filho de Nyohuewe Ananu
SIMBI LAKAYA (simbi-lacaiá) - Vodum que feste branco da linhagem de Lisa.
SINBI (simbi) - Ligado a Vodum Abé, sendo um grande segredo da cultura Fon. É necessário grande conhecimento para se invocar este segredo, sendo muito usado para impedir pragas nas lavouras ou tufões. Tem um outro lado conhecido por afêfê.
SINJI AGLOSUMATO (sinji aglôssumatô) – Vodum masculino filho de Sakpata. É o Vodum das chagas incuráveis.
SINUKA (sinucá) – O mesmo que asen, com a diferença que o objeto pessoal do morto sofre alterações artíticas. Assim também são chamados os calebases usados para servir bebida aos mortos.
SIO (sió) - Som emitido pelo Vodum quando incorpora no iniciado, similar ao ilá dos yorubanos
SO AGBADGYI (Sô Abádi gii) – Localidade de Ouidah que quer dizer lugar do trovão.
SO BRAGADA (sô-bragadá) – Vodum do panteão do trovão, guardião do rei. Usa uma bolsa de couro em uma das mãos e na outra usa um adja duplo.
SOBO (sobo) - Vodum feminina considerada a mãe de todos os So. Faz trovejar para alertar os homens que os deuses julgadores e da justiça estão insatisfeitos, o trovejar é um sinal seu do castigo que está por vir. Muito confundida com o orixá Yansã. No Brasil, as casas da nação Jeje, chamam todos esses Voduns de “Sobo”. Também conhecida como Sobo Babadi.
SODABI (sôdabi) - Bebida feita com o vinho de palma. A princípio essa bebida servia como lenitivo para muitas doenças, atualmente é usada como aperitivo em todo o Benin.
SODEGBE (sôdêgbê) – Dança popular que mostra a bravura e coragem dos guerreiros.
SODJI (sôdji) - Riacho sagrado localizado em Allada
SOFÓ (sôfó) - Vodunsi feita de Vodum
SOFO AHOUNON (sôfôarrôunôm) - Sacerdotisa de Vodum
SOGBAGI (sôbagi) - Lugar sagrado utilizado para a iniciação de neófitos. No Brasil chama-se Sabagi para designar o local onde os neófitos ficam recolhidos no primeiro período da feitura de Vodum.
SOGBAGI-DAHO (sôbaji-darrô) - Nome do grande templo de Sogbo em Ghana
SOGBAJI-KPEVI (sôbaji-pevi) – Pequeno templo de Sogbo situado em Ghana.
SOGBAKI (sôbaqui) - Cidade que fica na fronteria de Abomey com Ouidar. Essa cidade é importantíssima para o Benin por ser o local onde ficam estrategicamente instaladas as forças armadas. É uma grande colina de onde os militares podem observar áreas importantes do país.
SOGBOSI (sôbôssi) - Pessoas consagradas a Sobo.
SOGO (sôgô) - Tambor pequeno, básico, faz conjunto vom o kidi e o atsia, que acom-panha os maiores, emitindo alguns sons variados e improvisados, com muita sutileza. É tocado sempre com as mãos. Seu fundo é fechado.
SOPLA (sôplá) – Colares feitos de búzios, usado pelo Vodum Agë, cruzados no peito
SOSIOVI (sôssiôvi) – Chocalho de Hevioso
SOWADAN (sou-adam) – Pessoas consagradas a Hevioso.
SOXWENU (sôrrú-ênu) - Maneira como são denominados os Voduns do trovão, por seus adoradores.
SUNDIDE (sum-didê) – “Batismo de Sangue” – Cerimônia onde são realizado sacrifícios de animais para os iniciados de Voduns em Abomey.
SUVINENDJE (suvinendjê) - Sakpata - Vodum que leva as mensagens a Mawu. Conta o mito que é um abutre com cabeça humana. Dizem os velhos que, se um abutre comer as oferendas deixadas na véspera para um dos Sakpatas, considera-se que Suvinendje levou a mensagem.
TARODUN (talôdum) - Nome dado ao local onde ficam os assentamentos dos Voduns Ahuangbe e Ekpe Loko, da família Heviosso, que contém os elementos de força desses deuses.
TASINON (tassinôm) - Sacerdotisas velhas, responsáveis pela veneração dos Voduns da família real.
TATION (tatiôm) – Arranjo de palha traçado que o Vodum Agë usa na cabeça.
TAXOSU (tarrôssu) – Chefe de aldeia.
TCHAHE (tchárrê) - Vodum feminina do panteão do trovão, irmã de Avhekete. Habita o marulhar das ondas das águas oceânicas.
TCHAMBA (tchamba) – Nome de uma antiga cidade de Togo, onde existia um grande e sofisticado tráfico de escravos.
TCHAMBA (tchamba) – Vodum feminina cultuada em Cotonou/Benin. Considerada a deusa da guerra, seu simbolo é um crocodilo que ela trás na cabeça e um pano, tipo árabe que a envolve. Quando entra em transe o corpo do iniciado é lambusado com um creme de cor branca, feito com ingredientes mágicos.
TCHINGOUNME (tchin-goum-mê) - Dança ritualística executada em funerais. Também chamada de Si-Houn (sirrum)
TEDO (têdô) - Vodum amigo de lutas de Adjahuto. Muito cultuado em Allada.
THOHON (trôrrôm) - Vodum masculino da família de Lisa. É representado por um monte de terra coberto de obi, Protege a família de bruxarias. Também conhecido como GoroVodum e Tronpeka.
TIGUDO (tigúdô) – “De trás do rio”. Nome de uma aldeia no Benin.
TINGFAMEN (tinfamem) - Sakpata - Pune os homens enviando tempestades de areia.
TOBOSSIS - são Voduns infantis, femininas, de energia mais pura que os demais Voduns. Pertenciam à nobreza africana, do antigo Dahome, atual Benin. Eram cultuadas na Casa das Minas, em S.Luiz/Maranhão, até a década de 60.
TOE (toê) - Vodum feminina filha de Saho, panteão do trovão, habita as águas doces. Quando se zanga gira em torno de si mesma e o lugar onde estava transforma-se em água. Quando há seca invoca-se essa Vodum.
TOFFINU (tôfinú) – “Homens das água pantanosas” – Conta a tradição oral que os toffinus eram agricultores que para fugir do poder dos reis de Dahomey, construíram casa sobre as águas pantanosas. Os soldados do reis por poibições religiosas não tinham coragem de atravessar os pântanos para ataca-los.
TOGAN (tôgam) - Dignatários nomeados pelo rei, responsáveis por um “país” (uma região do reino)
TOGO (togô) - “Rio que está cheio” - Nome de um país vizinho do Benin
TOGO (togô) - País de planícies montanhosas, vizinho de Ghana. Foi colônia francesa e uma perte colônia britânica. Togo obteve sua independência em 1960. Abriga 40 etnias, sendo os majoritários os Kabyes e os Ewes, sua cultura religiosa são os Voduns. Capital: Anehó.
TOGODO (tôgôdô) - Cidade onde se localiza o templo de Adjahuto.
TOGODO (tôgôdô) - Bracelete usado pelo rei Glele em seu pescoço como talismã de Gu, para sua proteção, com a inscrição “Joon da ko so” (O vento não balança a montanha).
TOHOUSU (tôrrôssu) - Rei das águas”
TOKPODUN (tóquipôdum) – Vodum feminina, deusa do rio. Seu frescor traz claridade para as cabeças e sua tranqüilidade traz a paz. Símbolo de beleza, feminilidade, fertilidade, graça e caráter. É também conhecida por Yalode. Filha de Naete deusa do oceano, irmã de Avhekete. Foi expulsa do oceano por seus irmãos por seu caráter forte indo então, morar no rio.
TOLUGENAM (tôlûgênam) - Vodum guerreira da linhagem de Gunoko, é ligada a egungum.
TONUKWE (tônuqüê) - Assistente do Toxosu
TOPA (topá) – Vodum feminina. Caçadora feroz e agressiva. Usa adornos confeccionados com peles de caça, um gorro de palha da costa e pinta o rosto com ossun. Irmã gêmea de Tope. Alguns dizem que é a verdadeira esposa de Agué.
TOPE (topé) – Vodum caçador, irmão gêmeo de Topa.
TOSA (tôssá) - Vodum toqueno, gemea de Tose. Deusa das mulheres predestinadas ao sucesso. Não é feita em cabeça de homens.
TOSE (tossé) - Toqüeno gêmeo de Tosa, filho de Zomadonu
TOSENO (tôsêno) - Sakpata – Vodum feminina do grupo dos Sakpatas. Os mesmos só comiam se a comida fosse feita por ela.
TOVODUNS (tóVoduns) - Voduns que habitam as águas, principalmente o mar
TOXWYO (torru-iô) - Antepassados divinizados. São eles que mantêm o vínculo entre o mundo invisível e os homens. Um deles é agasu. Também são conhecidos em algumas regiões como AkoVodum.
TRONPEKA (tlônpecá) - Vodum masculino da família de Lisa. É representado por um monte de terra coberto de obi, Protege a família de bruxarias. Também conhecido como GoroVodum e Trohon.
TROWO (tlouô) – Antepassados, antigos.
TSAHE (tissarrê) - Vodum feminina do panteão do trovão e da deusa Aveji Da. Esposa de Ahuanga
UGUN (ugum) - Forma como os reis de Dahomey se referem ao Vodum Gum.
UWAIFOKUN (uaífôcum) - Era um dos mensageiros de Gu. Durante uma cerimônia Gu o matou porque esse o traíra.
VALAYA (valaiá) – Saiote usado pelos sacerdotes de Hevioso.
VEVE (vévé) - Símbolos que são desenhados pelos sacerdotes e vodunsis durante os rituais de invocação dos Voduns; esses símbolos são feitos dentro do hundeme ou em torno do Opa Mitã; cada Vodum tem seu veve. Essa prática é muito usada no Haiti.
VIKÃ-DO (viçam-dô) – Caminhos de Du-nõ (Omo-odus).
VIKLEWO (vi-lêuô) – Sinais ou riscos usados para fazer os signos ou marcas de Odus. (Ghana)
VODOU (vodum) - Vodoun – Vodum – Voodoo – Voudun – Vodu – Vudu – Hoodoo - etc. - A palavra vodou é de origem Ewe/Fon e significa força divina, espírito, força espiritual. É usada pelo povo do oeste da África para designar os deuses e ancestrais divinizados. No século XVIII o rei Agajá consolidou as crenças de vários clãs e aldeias, formando um “sistema espiritual dos Voduns”. Isso gerou uma enorme variação do termo, devido a quantidade de dialetos usados por esses clãs e aldeias, que somado a influência francesa, passaram a falar como entendiam. A palavra Hoodoo não é uma variante de Vodou. O Hoodoo é uma sociedade haitiana similar as que existem no Benin (Sociedade do Bo) e Ghana (Sociedade Jou-Jou), onde pessoas são preparadas para ler oráculos e fazer fórmulas mágicas usando elementos da flora, da fauna e do mineral.
VODOUISAN (vôdou-issan) – Adoradores de Vodum. (Haiti)
VODOUNNON (vodunon) - Grão-sacerdote, reside perto do templo, guarda os segredos dos deuses e somente ele conhece as rezas e ervas que lhe são reservadas; apenas nos dias de nahunos ele se aproxima dos pejis; uma faixa branca usada na cabeça é o que o distingue dos demais sacerdotes, que se enfeitam com colares de búzios, braceletes, saias de cores variadas. Não participa das danças nem das romarias, nessas é representado pelo Hounso.
VODUN D’ABLUE (vodum dabluê) – “Vodum é oculto” - Expressão muito usada pelos sacerdotes de Vodum.
VODUN GONGON Gongon (gon-gom) - “Vodum é secreto” - Expressão muito usada pelos sacerdotes de Vodum
VODUNGBE (vodumbê) – Língua do Vodum (dialeto)
WEGBUGBO (uêbubô) - Dança com ritmo guerreiro. As mulheres dispõem-se em esquadrões, empunhando seus cajados.
WELE (uêlê) – Guardião de Lisa. Detém a chave do tesouro e de seus depósitos.
WEVEH VODUN (wêvêr Vodum) - Maior e mais antigo Vodum
WUTUTU (uú-tutu) - Pássaro amigo e mensageiro de Sobo. É ele quem leva as mensagens de Sobo
XEBIOSOVE (rebiôssôvê) - Floresta sagrada de Hevioso localizada em Adja.
XWALAYUN (rualayum) - Maneira como são chamados os Voduns do trovão que habitam as águas oceânicas, pelos adoradores de Hevioso.
XWEGAM (ruêgam) – Sacerdote chefe de um hun-kpamê
XWETANU (ruêtanu) – Ritual feito para o morto em cima do asen, onde bichos são sacrificados.
YAKE-YEKE (iaquê-iequê) - Iguaria tradicional servida em todas as regiões de Togo, usada principalmente na passagem do ano, feita com farinha de mandioca misturada à farinha de milho. A que é feita somente com o milho é muito apreciada pelo Vodum Agê.
YANVALO (iânvalou) - Uma das danças preferidas dos Voduns. A tradução da palavra é “súplica” e a coreografia consiste nas mãos colocadas nos joelhos ou nas coxas. Esta dança possui muitas variações: yanvalou de buta (em vertical); kanvalou basdos (agachando); yanvalou zepaules (balançando os ombros) etc.
YEDOMEKWE (iêdômêqüê) - Vodum feminina que faz chover. Habita a evaporação das águas oceânicas.
YEHEVE (iêrrêvê) – Conjunto de florestas sagrada que protegem vários fetiches em especial Dan Xebioso e Sakapata.
YEHWE ZOGBANU (yê-ruê zôbanu) - “Gigante da floresta”. Figura lendária que assiste os caçadores (Fon).
YENU HWANMLANYI (iênu Ruânlanii) - Vodum feminina do grupo dos Sakpatas
YETU (iêtú) - Conjunto de colares, capacete e outros apetrichos usados pelo Vodum Agë.
YEWA - é um vodum feminino da família Dambirá. Filha de Toy Azonze e Dambala, irmã de Boçalabê nasceu para ser o símbolo da pureza e da beleza dos deuses. Do nascimento a fase adulta Yewa viveu na família de Dan onde representava a faixa branca do arco-íris onde também mora Ojiku. Recebeu de Dan Wedo o poder da vidência, da riqueza, e todos os corais que existiam no mar que ela pegava com seu arpão.
YI SIN ALO (i-issim-alô) - “Ter nas mãos”. Expressão para dizer que a pessoa tem força espiritual, tem conhecimento, usada pelos membros da Sociedade do Bo.
YOBOU (iôbô) – Dança ritualística executada pelos adeptos de Hevioso ou Xangô para purificar cadáver de pessoa morta por raio.
YOHO (iôrrô) - Templo de oraçãos aos mortos familiares. Nesse templo ficam os asenyi de cada membro morto.
YOVOGAN (iôvôgam) - “Ministro dos brancos”. Ministro estrangeiro que manipulava termos de negociações, leis de costumes, imposto, acesso ao porto, viagens das relações exteriores. Era ele quem negociava a venda de escravos e armas. Cargo sempre ocupado por um branco. Gawu e Posu eram seus assistentes.
ZAGAN (zágam) - Vodum guerreira da linhagem de Gunoko. Muito ligada ao Vodum Legba. Essa Vodum é muito confundida em outras nações como Oya Bagam.
ZAKA (zacá) - Vodum caçador da família de Sakpata, considerado o Vodum da agricultura. Seu fetiche é um componês carregando um saco de palha nas costa, cheio de cereais. Sua cor é o azul claro. Também conhecido como Azaka.
ZANDOKOE (zandôcôê) – Mãe pequena
ZANDRO (zandró) - Vigília; sequência de rezas que antecedem os nahunos e os grandes gibehessu.
ZANGBETO (zanbetó) - “Caçador da noite”. em Porto Novo é uma especie de policial, um guardião noturno. Apresenta-se na forma de um feiche de palha, da altura de um homem, fala com voz forte e anasalada, sempre dançando e gir-ando em torno de si mesmo. São numerosos e vivem ao longo do vale do rio Oueme, onde recebem a prote-çao dos Legbas da terra, cujo porte truculento demonstram muito bem os espirito alegre que reina na reunião dos homens agrupados em torno desses guardiães noturno.
ZEHIN (zerrim) – “Abertura do Pote” - Instrumento de percussão usado em cerimônia fúnebre. Consiste em um ponte ou porrão sobre cuja a boca bate-se com abanos de palha; dentro deste são colocados objetos mágicos que pertenciam ao morto. Esse nome também é dado ascerimonias dedicada aos mortos da nação realizadas periodicamente.
ZOMADONU (zômadonu) - Chefe dos Tohosous. Primeira criança nascida com deformação física, dizem que ele tinha seis olhos. Filho do rei Akaba e a rainha Kuande. Conta uma lenda que Zomadonu se transformou em um gonofo (gônôfô), a grande ave que come os peixes. “O grande pássaro branco” e pediu a uma rainha de Dahomey que levasse o culto dos Tohosous para o novo mundo. No Brasil Zomadonu fundou a famosa Casa das Minas no Maranhão
ZOMAI (zô-ma-í) - “A luz não pode entrar” - Local herméticamente fechado e permanentemente na escuridão, onde os negros africanos capturados e aprisionados ficavam aguardando os navios que os levariam para a escravidão. Esse prédio ou pavilhão ficava em Ouidar, onde hoje funciona um museu.
ZOM VODUNSIHE (vodunsirrê) - Pessoa feita no Jeje minas. Os mahis denomina as pessoas feitas que não entram em transe, como vodunsihe, ogans e ekejis são um exemplo.
ZONON (zônom) – Sacerdote de Hevioso.
ZORRA (zorra) - Pós mágicos usados para feitiços. São preparados pelos sacer-dotes e adivinhos que os usam para afas-tar péssoas, desocupar casas, desman-char feitiços, etc. A zorra é um poderoso elemento quando bem feito e usado.
ZOUN (zôum) - Mata ou região vaga de onde vêm os Hoho. Para lá regressam após sua morte. Existem quatro Zouns que recebem o nome de Owekero e correspondem aos nossos pontos car-deais. Cada um deles têm seu bosque fechado, em torno de Abomey. Se quiser preservar os gêmeos de um destino desfavorável, convém saber de qual Zoun eles provem e é Fá quem informa sobre essa questão. A seguir, quando os gêmeos já podem andar, são levados ao Zoun indicado por Fá, onde são realizados pequenos sacrifícios e oferendas de milho, azeite de dendê e miúdos de frango. A seguir todos seguem em procissão ao mercado. Vestidos em trajes novos, os gêmeos portam brajas e impulsas de búzios. A mãe segue a frente do cortejo agitando um adja. As mulheres seguem cantando cantigas. Já no mercado, os gêmeos sentam-se em zans para receberem os cumprimentos de parentes e amigos. O nome dado aos gêmeos é Zinsu e Sagbo para os meninos e Zinhue e Dolu para as meninas. Caso, ao nascerem, se apresentarem pelos pés, seus nomes serão: Agosu, Agosa, Agosi e Agohue (pontos cardeais: norte, sul, leste e oeste). A próxima criança a nascer após os gêmeos chama-se Dosu, se for menino e Dosi, se for menina.
ZUMBI (zumbi) - Termo da cultura Fon introduzido no Brasil pelos negros oriundos do Dahomey, que designa a pessoa morta-viva, fantasma, imortal. Bambuxê Adinimodo foi o mais conhecido sumo sacerdote do Quilombo dos Palmares, maior herói negro brasileiro.
ZOMADONU (zômadonu) - Chefe dos Tohosous. Primeira criança nascida com deformação física, dizem que ele tinha seis olhos. Filho do rei Akaba e a rainha Kuande. Conta uma lenda que Zomadonu se transformou em um gonofo (gônôfô), a grande ave que come os peixes. “O grande pássaro branco” e pediu a uma rainha de Dahomey que levasse o culto dos Tohosous para o novo mundo. No Brasil Zomadonu fundou a famosa Casa das Minas no Maranhão.
ZONON (zônom) – Sacerdote de Hevioso.
ZOUN (zôum) - Mata ou região vaga de onde vêm os Hoho. Para lá regressam após sua morte. Existem quatro Zouns que recebem o nome de Owekero e correspondem aos nossos pontos car-deais. Cada um deles têm seu bosque fechado, em torno de Abomey. Se quiser preservar os gêmeos de um destino desfavorável, convém saber de qual Zoun eles provem e é Fá quem informa sobre essa questão. A seguir, quando os gêmeos já podem andar, são levados ao Zoun indicado por Fá, onde são realizados pequenos sacrifícios e oferendas de milho, azeite de dendê e miúdos de frango. A seguir todos seguem em procissão ao mercado. Vestidos em trajes novos, os gêmeos portam brajas e impulsas de búzios. A mãe segue a frente do cortejo agitando um adja. As mulheres seguem cantando cantigas. Já no mercado, os gêmeos sentam-se em zans para receberem os cumprimentos de parentes e amigos. O nome dado aos gêmeos é Zinsu e Sagbo para os meninos e Zinhue e Dolu para as meninas. Caso, ao nascerem, se apresentarem pelos pés, seus nomes serão: Agosu, Agosa, Agosi e Agohue (pontos cardeais: norte, sul, leste e oeste). A próxima criança a nascer após os gêmeos chama-se Dosu, se for menino e Dosi, se for menina.
segunda-feira, 1 de dezembro de 2008
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